ARA ‘San Juan’: Ministro da Defesa autoriza a Marinha do Brasil a deslocar meios para ajudarem nas buscas

Por Guilherme Wiltgen

O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, autorizou o AE Leal Ferreira, Comandante da Marinha, a “deslocar meios necessários para apoiar a busca a um submarino argentino desaparecido”, escreveu em sua conta oficial no Twitter.

A Marinha do Brasil dispõe do Navio de Salvamento de Submarinos (NSS) Felinto Perry (K 11), que fica na Base Almirante Castro e Silva (RJ), que possui equipamentos de Apoio ao Mergulho, sendo capaz de conduzir mergulhos saturados até 300 m de profundidade.

O navio possui Sino Atmosférico de Resgate (SAR), capaz de efetuar resgates até uma profundidade de 300 m, câmara hiperbárica com capacidade para 8 mergulhadores, sino de mergulho de transporte, veículo de operação remota com câmaras de vídeo, manipulador e sonar.

O NSS Felinto Perry possui sistema de posicionamento dinâmico Kongsberg AOP 503 Mk II, que controla automaticamente o leme e os propulsores (dois eixos, dois hélices transversais avante e dois a ré), de maneira a posicionar dinamicamente o navio em relação a um ponto de referência. O navio tem um guindaste com capacidade para 30 ton e outro de 3 ton.

Apesar de não possuir hangar, o navio tem um convés de voo com 19 m de diâmetro, localizado a proa logo acima do passadiço, com capacidade para operar com helicópteros de médio porte, podendo inclusive auxiliar helicópteros que participam das buscas, possibilitando permanecerem “on-station” por mais tempo.

Além dos meios navais, o MD poderia também disponibilizar as aeronaves P-3AM Orion da Força Aérea Brasileira, que, devido a distância em que se encontra a área do último contato do submarino, poderiam chegar muito mais rápido e auxiliar as aeronaves argentinas nas buscas pelo ARA San Juan.

Bem mais próximo da área, se encontra o Navio Polar Almirante Maximiano (H41), que participa da OPERANTAR XXXVI, realizando sua viagem ao Continente Antártico e que, segundo o site Marine Traffic, sua última posição foi na altura de Mar del Plata, na Argentina.

Além do Brasil, EUA, Grã-Bretanha e Chile, também ofereceram oficialmente ajuda ao Governo argentino, disponibilizando navios e satélites para ajudarem nas buscas ao submarino, que permanece sem se comunicar e com 44 tripulantes a bordo, segundo informações da Armada Argentina (ARA).

FOTOS: MB e FAB/Ilustrativas

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