Plataforma de petróleo não corre mais risco de afundar em Campos, no RJ

Equipe técnica permanece a bordo tentando manter o controle. Funcionários foram resgatados e não houve vítimas.

Não corre mais risco de afundar a plataforma petrolífera que adernou na madrugada desta sexta-feira (28) no litoral de Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense do Rio, segundo informou a Petrobras.

Como mostrou o Bom Dia Brasil, a maioria dos tripulantes conseguiu abandonar a embarcação com a ajuda de navios rebocadores. Ninguém ficou ferido.Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores da Produção de Petróleo (Sindipetro NF), mais de 100 tripulantes estavam trabalhando no local. Apenas uma equipe técnica permanece a bordo tentando manter o controle da plataforma.

Neste momento, o trabalho realizado pelos técnicos da Petrobras e da Noble é de bombeamento da água que invadiu a sala de bombas de lastro. A Petrobras não divulgou o grau de inclinação atingido pela unidade, qualificado apenas como “considerável”

Segundo o Sindipetro NF, continuam trabalhando na plataforma 34 trabalhadores, diretamente ligados à operação de lastro (estabilização da plataforma). Outros 79 foram retirados da unidade e estão em um rebocador Maersk Vegar próximo à SS-53. Ainda nesta sexta-feira eles deverão ser transbordados para uma UMS (Unidade Flutuante de Manutenção e Serviços, mais conhecida como Flotel) ou para terra.

A plataforma de modelo SS-53, que está localizada no Campo de Marlim, é uma plataforma de perfuração de propriedade da empresa Noble, que presta serviço à Petrobras. Ainda de acordo com o sindicato dos trabalhadores, o adernamento, que é o termo usado para uma inclinação acentuada, ocorreu por volta de 1 hora da manhã. Perto das 7h45, a Petrobras informou que todos os procedimentos de segurança já estavam sendo realizados. Rebocadores seguram a plataforma com cabos para que ela se mantenha estável.

A empresa Noble informou que a tripulação executou prontamente as ações corretivas, inclusive protegendo a integridade do poço assim que detectou a inclinação da plataforma. Como precaução, funcionários não essenciais foram evacuados da sonda sem ferimentos, e não há registro de poluição na área da Bacia de Campos.

Veja na íntegra a nota emitida pelo sindicato dos trabalhadores:

“O Sindipetro-NF confirmou há pouco com a Petrobras que foi estabilizada a plataforma SS-53, que adernou nesta madrugada por volta 1h20. Neste momento, o trabalho é de bombeamento da água que invadiu a sala de bombas de lastro. A empresa não divulgou o grau de inclinação atingido pela unidade durante a madrugada, que foi apenas qualificado como “considerável”.

“Continuam em atuação na plataforma 34 trabalhadores, que são os mais diretamente ligados à operação de lastro (estabilização da plataforma). Outros 79 foram retirados da unidade e estão em um rebocador Maersk Vegar próximo à SS-53. Mais tarde serão transbordados para uma UMS ou para terra. A plataforma SS-53, operada pela empresa Noble, estava em atividade de perfuração no Campo de Marlim e foi desconectada do poço após o adernamento. O retorno da operação ainda dependerá da conclusão da operação da bombeamento da água da sala de lastro e da avaliação de eventuais danos causados a equipamentos. A diretoria do Sindicato está acompanhando o caso desde o início da ocorrência e se mantém de plantão.”

Veja a íntegra da nota enviada pela empresa Noble sobre o incidente:

“A Empresa Noble (NYSE: NE) confirmou hoje que a Noble Paul Wolff, uma sonda submersível de posicionamento dinâmico operando no litoral do Brasil, sofreu um incidente de controle de lastro na sexta-feira, 28 de fevereiro aproximadamente à 1 hora da manhã, horário local. A tripulação executou prontamente as ações corretivas, inclusive protegendo a integridade do poço. As medidas cabíveis estão sendo tomadas para solucionar a questão. Como precaução, 77 funcionários não essenciais foram evacuados da sonda sem ferimentos, e não há registro de poluição. A Noble continua trabalhando com seu cliente e autoridades competentes ligados ao caso.”

FONTE: G1

Sair da versão mobile