Diretoria de Aeronáutica da Marinha realiza VSA no NAM ‘Atlântico’

Por Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha

No período entre os dias 29 e 31 de agosto, a Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerM), por intermédio do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha (SIPAAerM), realizou a Vistoria de Segurança de Aviação (VSA) dinâmica do Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico (A 140), a fim de verificar sua eficiência na condução das operações aéreas.

EQMAN peiando o IH-6B Jet Ranger no convoo do NAM Atlântico

A VSA é uma atividade de prevenção que tem como propósito identificar os perigos na operação aérea, emitir Recomendações de Segurança e definir se a Organização Militar (OM) está em condições satisfatórias para conduzir as operações aéreas com segurança.

UH-15 Super Cougar realizando QRPB

Nessa ocasião, o NAM Atlântico operou com três diferente aeronaves, sendo um IH-6B Jet Ranger do 1° Esquadrão de Helicópteros de Instrução (HI-1), um UH-12 Esquilo do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1) e um UH-15 Super Cougar do 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral ( HU-2), que realizaram uma série de pousos e e decolagens, visando o adestramento do pessoal do convoo como orientadores e equipes de manobra e crash (EQMAN).

Faina de reabastecimento do UH-12 Esquilo

As aeronaves foram empregadas em tarefas de esclarecimento de contatos de superfície e simulação de Emergência Aeronáutica, contribuindo sobremaneira para o aprestamento do navio e sua tripulação durante a VSA. A missão também proporcionou aos Esquadrões a oportunidade de realizar a Qualificação e Requalificação de Pouso a Bordo (QRPB).

Crash no convoo

EQMAN durante o combate ao incêndio no convoo sendo acompanhada pelos vistoriadores do SIPAAerM

O ponto alto da VSA foi a simulação de crash no convoo, logo após o pouso de uma aeronave UH-15. A simulação é feita de forma inopinada, visando avaliar o tempo de reação das equipes de bordo para o início de combate ao incêndio, resgate dos sobreviventes, transferência para o complexo médico do navio e o trabalho das equipes de Controle de Avarias (CAV) do Atlântico, para evitar que o incêndio se propague para o hangar e os demais conveses, evitando um incêndio de grandes proporções, que colocaria em risco o navio.

Além de garantir a segurança nas operações aéreas, foi possível aprimorar e colocar em prática os procedimentos para acionamento do Plano de Emergência Aeronáutica, por meio de exercícios de perda de comunicações com aeronave UH-12 Esquilo.

UH-12 Esquilo durante exercício de perda de comunicação com o navio

Também foi simulado o recolhimento de tripulantes durante crash da aeronave no mar, com o acionamento da equipe de SAR do navio para resgatar sobreviventes na água, utilizando a lancha do navio. Foi verificado o estado de prontidão da embarcação que precisa ser guarnecida, baixada e posteriormente içada a bordo novamente com as vítimas.

Lancha do NAM Atlântico durante missão SAR

 

Durante a missão SAR, também foi empregando o UH-12 Esquilo com a equipe do Grupo Aéreo de Salvamento e Resgate (GSAR-AerNav) da Força Aeronaval.

Todo o trabalho é minuciosamente acompanhado e observado o tempo de resposta dos tripulantes pelos militares que compõe o Grupo Executivo do SIPAAerM, de forma que o A 140 continue a operar com segurança as aeronaves da Marinha e, no caso da Operação Poseidon, também com as aeronaves das Forças Singulares.

A Vistoria de Segurança de Aviação foi considerada satisfatória, o que torna o NAM Atlântico apto a conduzir operações aéreas embarcadas, tanto diurnas quanto noturnas, com ou sem emprego de Óculos de Visão Noturna  (OVN), com total segurança.

Assista ao vídeo com o CMG Trindade e CF Góes que explicam a VSA:

Operação Poseidon 2021 – Entenda o que é, e como funciona uma VSA

Sair da versão mobile