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PROSUB – A construção dos submarinos S-BR1 e S-BR2 no Brasil

Luiz Padilha por Luiz Padilha
30/12/2016 - 16:11
em Artigos
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Seção 1 do submarino S-BR1 Riachuelo (S 40)

Por Luiz Padilha e Guilherme Wiltgen

O Defesa Aérea & Naval visitou as instalações da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) para acompanhar o estágio atual da construção dos dois primeiros submarinos diesel-elétricos S-BR1 e o S-BR2, como estes são designados dentro do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha do Brasil.

Antes da visita a UFEM, o DAN foi recebido pelo Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), Almirante de Esquadra (RM1) Gilberto Max Roffé Hirschfeld, para uma apresentação antes da entrevista com o Capitão de Mar e Guerra (EN) Celso Mizutani Koga, Gerente do Programa de Construção dos Submarinos S-BR.

CMG Celso Mizutani Koga

DAN – A MB utiliza na construção do S-BR algum conhecimento adquirido na construção dos submarinos Tupi e Tikuna?

CMG Koga – A Marinha, com a construção dos submarinos classe Tupi e Tikuna no Brasil, aprendeu e dominou o processo construtivo de submarinos. Todavia, o processo de fabricação francês apresenta diferenças, a começar pelo tipo de aço do casco resistente e a sua conformação que segue um processo mais ou menos correlato. Além disso, releva notar que as duas calotas a de vante e a de ré, por exemplo, a Marinha não tinha fabricado anteriormente.

DAN – No programa atual, a NUCLEP recebeu uma prensa que a capacitou a produzir as calotas de vante e de ré, mas instalar os tubos de torpedos é outro desafio. Como ocorre esse processo de soldagem?

CMG Koga – É importante entender que o tubo de torpedo faz parte do casco resistente. Ele é uma estrutura que quando abre-se a comporta de vante o tubo passa a ser casco resistente também, então ele tem que ter um tratamento igual ao do casco resistente, com as mesmas características, e suportar a mesma pressão. Para isso existe toda uma técnica para construir o tubo de torpedo a qual a Marinha ainda não domina, pois os nossos submarinos classe Tupi e Tikuna, já vieram com a seção de vante com os tubos instalados.

Calota de vante do S-BR2 Humaitá (S 41) 100% fabricada no Brasil

DAN – A Marinha agora já tem a capacidade para fabricar os tubos de torpedos no Brasil?

CMG Koga – Na realidade a fabricação dos tubos no Brasil não faziam parte do projeto, eles não estavam incluídos como algo à ser nacionalizado. Em função das negociações e do andamento da própria obra, houve a oportunidade da Marinha vir a fabricar os tubos de torpedo no Brasil. Atualmente nós temos um engenheiro e um técnico participando On Job Training (OJT), para aprender e entender todo o processo de fabricação, montagem e testes, de forma a garantir toda a segurança que este equipamento exige.

Seções 4 e 3 do S-BR1 Riachuelo já com a previsão para instalação do sonar Flank Array

DAN – Para a instalação dos tubos de torpedo na calota de vante, existe a necessidade de algum equipamento específico?

CMG Koga – Não há equipamentos específicos. Na realidade a instalação começa pela furação da calota, que exige uma alta precisão de posicionamento, com alinhamento a laser ou utilizando teodolito de alta precisão. Os tubos de torpedos são instalados um de cada vez na calota de vante.

Seção 1 do S-BR1 onde será instalado o motor elétrico da Jeumont

 

DAN –  Como funciona o processo de fabricação das partes componentes dos S-BRs? Existem empresas brasileiras nacionalizando esses componentes?

CMG Koga – Na UFEM existem oficinas trabalhando na fabricação dos componentes, tais como: tanques de combustível, tanques de lastro, cradles (berços), tubulações hidráulicas, válvulas, bombas entre outros. No caso das bombas, sim, temos empresas brasileiras envolvidas. Existe um projeto específico dentro do programa de nacionalização, que prevê que todas as bombas para os S-BRs, sejam fabricadas no Brasil, porém, existem dois tipos de bomba, que, em função de sua complexidade, ainda não conseguimos no Brasil encontrar uma empresa com capacidade para produzi-las. Mas a intenção é que todas sejam feitas no país. Com relação as válvulas de casco, a DCNS fez contato com a Micromazza, uma empresa no sul do país para produzir as válvulas, e esta empresa além de produzir, conseguiu apresentar uma solução diferente do processo de fabricação francês utilizando um revestimento em resina, que após longos testes, foi aprovado pela DCNS.

Cradle (berço) do S-BR1. Na parte de cima é onde fica o Comando (local onde será instalado o sistema de combate Subtics)

DAN – Que tipo de ganho a Marinha terá com o acréscimo de uma seção no projeto do S-BR? Está previsto o aumento do número de baterias também?

CMG Koga –  A Marinha solicitou à DCNS que o S-BR tivesse uma autonomia maior do que o projeto original francês. Então, após estudos decidiu-se pela inserção de uma nova seção, aumentando assim a capacidade de combustível, de acomodações e de víveres. Não está previsto o aumento do número de baterias.

Calota de Vante do S-BR2 Humaitá (S 41) e o cradle do S-BR1 em fase final de construção

DAN – Que motores a Diesel para geração de energia elétrica equiparão os S-BRs?

CMG Koga – Serão motores a Diesel da MTU.

DAN – E os motores elétricos de propulsão? 

CMG Koga – Os MEPs (Motores Elétricos de Propulsão) serão Jeumont franceses.

Esta imagem dá bem a dimensão do diâmetro do S-BRs

DAN – Está prevista a fabricação do MEP no Brasil? Existe a transferência de tecnologia (ToT) para fabricação desses motores?

CMG Koga – Para os quatro S-BRs os motores serão os franceses da Jeumont, fabricados na França. Com relação a ToT, dentro do contrato estão previstos cursos para capacitação voltados para a manutenção dos motores. O projeto de nacionalização dos motores elétricos não progrediu como nós gostaríamos, pois ocorreram alguns óbices. O projeto não foi encerrado e continuamos trabalhando nele. Por outro lado, nos geradores de energia elétrica que são Jeumont, houve bons progressos. A DCNS recebeu a proposta da empresa brasileira  para nacionalizar estes geradores para o S-BR4.

DAN –  Se a Marinha encomendar mais quatro submarinos SBr, ela continuará pagando royalties à DCNS?

CMG Koga – Se for o Scorpene (S-BR), sim, pois a tecnologia é francesa, porém, se no futuro a Marinha através do desenvolvimento do SN-BR, projetar uma nova classe de submarinos, não haverá a necessidade de se pagar.

DAN – A DCNS apresentou o Scorpene 2000 com o leme em X, por que não seguimos essa tendência?

CMG Koga – O projeto dos S-BR previu a utilização dos lemes em “cruz” e a alteração do leme para a configuração em X iria requerer um reprojeto do submarino o que à época não foi solicitado pela Marinha e nem oferecido pela DCNS.

Proa do S-BR2 Humaitá praticamente pronta

DAN – Com relação ao sistema Subtics que irá equipar nossos S-BRs, eles poderão receber no futuro atualizações através do nosso sistema Siconta? Isso foi previsto quando da elaboração do programa?

CMG Koga – Quando da assinatura dos contratos, houve uma grande preocupação da Marinha de ter a menor dependência possível na área de sistema de combate. O sistema de combate é um grande integrador de sensores como o Radar, o Periscópio Optrônico, o Mage, o Sonar, enfim, todos esses sensores enviam informações para o CMS (Combat Management System), que apresenta ao operador o quadro tático do momento. Já ocorreram diversos treinamentos OJT para o pessoal entender como fazer esta integração e a Marinha está se preparando para no futuro estar apta para poder realizar up-grade nos nossos submarinos.

Vela do S-BR2 em construção

DAN – Nossos submarinos terão sonar Flank-Array? E Towed Array?

CMG Koga – Sim, e será a primeira vez que utilizaremos um Flank-Array. Quanto ao Towed Array, não está previsto sua utilização no S-BR.

 

DAN – A Marinha comprou para equipar os submarinos classe Tupi/Tikuna, os torpedos Mark 48 ADCAP 6 americanos. Nos S-BRs está previsto o uso do torpedo F-21. Qual a diferença entre eles? Os S-BRs poderão utilizá-los?

CMG Koga –  Os dois são lançados da mesma forma, eles saem do tubo por conta própria, a principal diferença está no tipo de propulsão, o torpedo americano é um torpedo “térmico” enquanto que o francês é elétrico, Em relação a possibilidade do S-BR lançar o MK-48, a principal dificuldade é a integração do torpedo ao sistema de armas.

Prôa do S-BR2 em fase final de construção

DAN – Com relação ao míssil anti-navio SM-39 Exocet, é necessário algum tipo de adaptação no tubo de torpedo para lançá-lo?

CMG Koga – No submarino S-BR existem tubos preparados para lançamento somente de torpedos e outros que, além de torpedos, são preparados para o lançamento do míssil SM-39 Exocet. Após ser lançado, o míssil se afasta do submarino para então iniciar o processo de combustão do motor e seguir em direção ao alvo.

Prôa e cradle de vante do S-BR2

DAN – Que tipo de despistadores (Decoys) estão previstos para o S-BR?

CMG Koga – Os S-BR usarão o sistema Contralto.

DAN – E a parte de comunicação submersa? Que tipo de equipamentos utilizaremos?

CMG Koga – Os submarinos usarão o Underwater Telephone, que tem alcance curto e o VLF (Very Low Frequency), que consiste em uma antena rebocada permitindo uma comunicação a longa distância .

Editores do DAN, Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha com o submarino S-BR1 “Riachuelo” ao fundo

DAN – O S-BR1 quando estiver pronto para ser levado ao estaleiro, já terá os sistemas eletrônicos instalados? No estaleiro, além da união das seções, algo mais será necessário para o S-BR1 ser lançado ao mar?

CMG Koga – No estaleiro serão instalados os equipamentos eletrônicos, por serem mais sensíveis, e outros apêndices como mastros e os sonares.

DAN – Na UFEM e no estaleiro poderemos ter ao mesmo tempo a construção de um S-BR e um SN-BR?

CMG Koga – Sim. Hoje temos o S-BR1 e o S-BR2 sendo construídos na UFEM. Quando iniciarmos a construção do SN-BR, estaremos com o S-BR4 dentro da UFEM, ou seja, teremos sem problemas as duas equipes trabalhando juntas em dois tipos diferentes. Após esta entrevista com o CMG Koga, o DAN visitou as instalações da UFEM e do estaleiro, onde foi possível ver o estágio atual da construção dos submarinos e trazer aos nossos leitores, imagens impressionantes da construção. Com a chegada da última seção do S-BR2 na UFEM, todo o aprendizado absorvido na construção do S-BR1, será fundamental no progresso da construção do S-BR2.

Vela e seção 4 do SBr-2 Humaitá

Uma das características importantes desta classe de submarinos é que a Marinha não precisará mais realizar o corte do casco do submarino para realizar as revisões dos motores e geradores, pois os SBrs terão um “escotilhão” que permitirá a retirada dos motores sem a necessidade do corte.

Casco de pressão sendo cortado para a instalação do Escotilhão do S-BR1

Acompanhamos a montagem dos cradles das diferentes seções, e impressiona a quantidade de bombas, válvulas e tubos que ficam alojadas no piso inferior do submarino. Esses cradles são como berços que quando prontos, são encaixados um a um, montando o interior do submarino.

 

Outro dado interessante que observamos em nossa visita foi ver como é feita a montagem/soldagem dos cradles. As peças que receberão a solda precisam estar aquecidas numa temperatura específica, controlada por um funcionário da UFEM, através de um equipamento que fornece o calor específico para cada peça.

 

Em áreas adjacentes ao prédio principal da UFEM, são construídas partes que irão compor os SBrs, como tanques de combustível, tanques de lastro e tubulações diversas. O que presenciamos foram dois submarinos sendo construídos concomitantemente, e com prazos definidos em cartazes e um em especial nos chamou a atenção, pois constava a assinatura de todos os envolvidos no programa.

Desafio assumido pelos funcionários da UFEM

Saindo da UFEM, passamos pelo viaduto e túnel construídos especialmente para a passagem das seções dos S-BRs e do futuro SN-BR, chegando na área Sul, onde está o estaleiro e no futuro, a Base de Submarinos.

 

Quando em operação, os submarinos serão deslocados através de trilhos já instalados e movimentados seja para serem lançados ao mar ou para suas manutenções. Ao lado do Main Hall do estaleiro, temos dois prédios já erguidos que no futuro receberão os motores Diesel e Elétricos para seu retrofit.

Main Hall do estaleiro com os funcionários instalando os trilhos para os submarinos serem movimentados

Com capacidade para suportar até 8.000 toneladas, o estaleiro já tem seu Syncrolift instalado e pronto para operar com seus 34 motores. Este equipamento permitirá a Marinha operar tanto com os S-BR quanto com os SN-BR com folga.

 

Nos enche de orgulho, ver que teremos um estaleiro novo e bem equipado, prenúncio de que manteremos nossos futuros submarinos o maior tempo possível “on station” .

Equipe da COGESN com os editores do DAN na UFEM

NOTA DOS EDITORES: Nossos agradecimentos ao AE (RM1) Gilberto Max Roffé Hirschfeld, coordenador-geral do Prosub, ao CA Flávio Augusto Viana Rocha, diretor do CCSM, ao CMG (EN) Celso Mizutani Koga, Gerente do Programa de Construção dos Submarinos Scorpene BR, ao CMG (RM1) Ricardo Lindgren de Carvalho, Assessor de Comunicação Social – COGESN e demais membros do programa que com sua boa vontade e paciência, tornaram possível a realização deste artigo.

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