A Atech, empresa do Grupo Embraer, realizou na quinta-feira, 24 de abril, o Fórum Atech de Inovação 2025, em São Paulo. O evento se propôs a debater como a Atech vem trabalhando a inovação e a importância das parcerias para criar um ecossistema de negócios competitivo e eficiente.
O evento, voltado para o público interno e parceiros estratégicos, reuniu o time Atech a profissionais de diversos setores e contou com a participação da Embraer, Learning Village, Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e Speedbird Aero.
Com o tema “Breaking the Boundaries”, durante todo o dia, foram apresentados os diversos projetos e soluções tecnológicas desenvolvidos pela empresa e como esses produtos estão inseridos de alguma forma no nosso dia a dia. O evento foi realizado presencialmente, no Learning Village, com transmissão ao vivo para as pessoas da Atech, com painéis de discussão, pílulas de inovação e momentos de networking.
Para o CEO da Atech, Rodrigo Persico, as parcerias estabelecidas com institutos de pesquisa, órgãos governamentais e empresas é fundamental. “Atuar de forma colaborativa é o nosso propósito, com foco em parceiros, colaboradores e no Brasil, sempre impulsionando inovações tecnológicas para o desenvolvimento dos clientes em diversas áreas, com inovações que atendam as necessidades de cada um deles proporcionando o melhor com competitividade e seriedade”, afirmou Persico.
Parceria com EUA
Durante o Fórum, um dos destaques mostrados foi o programa em parceria com a University of California e o Citris Banatao Institute. Em agosto, cinco alunos vão participar de um estágio de verão na Atech e se envolverão nos projetos em desenvolvimento na empresa. O estágio será de forma remota.
Tecnologias
A Inteligência Artificial foi um dos assuntos abordados. A empresa destacou a importância da aplicação da IA nos seus produtos, em qualquer área, reforçando seu compromisso com a inovação contínua e o desenvolvimento de soluções inteligentes em diferentes áreas de atuação.
Entre os projetos em andamento, executivos da Atech abordaram o Projeto RAAI – Reconhecimento Automático de Alvos para a Inteligência, tecnologia desenvolvida com foco na identificação de embarcações. A iniciativa visa ampliar a eficiência em operações de vigilância e segurança marítima. Outro projeto relevante apresentado foi o UTM, voltado para a gestão de tráfego aéreo de drones. A Atech tem uma parceria com a cidade de Curitiba para o desenvolvimento e testes dessa tecnologia. Um dos marcos dessa colaboração ocorreu no mês passado, quando a empresa liderou a primeira entrega simbólica realizada pelos Correios via drone na capital paranaense.
Outra tecnologia apresentada foi o Sistema Arkhe GDI, uma plataforma de Gerenciamento de Incidentes. Sendo multiuso, o Arkhe GDI traz grandes benefícios nas operações de segurança pública e à gestão de eventos críticos.
Painéis
Durante o Fórum, diversos especialistas participaram de dois painéis. O primeiro deles – “Ecossistema de Inovação” – contou com a participação de representantes da Embraer e do hub de inovação da HSM/Learning Village, onde o evento foi realizado.
O debate promoveu uma troca de conhecimentos enriquecedora de como é primordial a importância de se cultivar um ecossistema de inovação equilibrado, denso, e continuamente estimulado. Foi consenso entre os participantes que esse ambiente deve permitir que colaboradores de todas as áreas se sintam encorajados a compartilhar ideias livremente, sem receios, sempre com o foco na geração de valor por meio da inovação.
O segundo painel do Fórum Atech de Inovação – “Implementação de um Ecossistema UTM Nacional”, reuniu especialistas de referência para discutir o futuro da mobilidade aérea no país. Mediado pelo Gerente de Programas da Atech, Agenir de Carvalho Dias, o painel contou com a participação de representantes do ITA, do DECEA e da Speedbird Aero.
A discussão teve como foco os caminhos e desafios para a criação de um ecossistema UTM (Unmanned Traffic Management) no Brasil, voltado à gestão de tráfego aéreo de aeronaves não tripuladas, como drones, eVTOLs e voos BVLOS (Beyond Visual Line of Sight). Os especialistas alertaram que, para viabilizar a expansão dessa tecnologia em larga escala, é fundamental o estabelecimento de normas e diretrizes claras para os voos não tripulados, assegurando a segurança do espaço aéreo.