Caças furtivos F-22 interceptaram aviões russos na costa do Alasca

F-22 interceptando bombardeiro russo próximo ao Alaska - FOTO NORAD




Por Corey Dickstein

WASHINGTON – Duas formações de aeronaves militares russas, com quatro bombardeiros e dois aviões de combate, voaram de forma não usual perto do espaço aéreo americano na manhã de quarta-feira, mas foram interceptadas por caças F-22 na costa do Alasca, disseram oficiais militares dos EUA.

A primeira formação interceptada pelos caças furtivos Raptor dos EUA voou a 30 quilômetros da costa do Alasca, levando a aeronave russa a 8 quilômetros do espaço aéreo soberano dos EUA, informou o Comando Norte dos EUA em comunicado. O incidente na quarta-feira marcou o mais próximo que as autoridades do NORTHCOM reconheceram que aviões russos voaram para o território dos EUA nos últimos anos.

A primeira formação interceptada incluiu dois bombardeiros Tu-95 Bear, dois caças Su-35 Flanker e uma aeronave A-50 de alerta e controle aéreo, informou o NORTHCOM. A segunda formação interceptada pouco tempo depois incluiu dois bombardeiros Bear adicionais e outro A-50, informou o comunicado. Nenhuma formação entrou no território americano, disseram autoridades.

A-50 russo

Como os russos, as forças armadas dos EUA voam regularmente perto do espaço aéreo russo em várias operações. Os F-22 decolaram na quarta-feira, durante as interceptações com os KC-135 Stratotankers e de uma aeronave E-3 Airborne Warning and Control, atribuída à missão de defesa de pátria sob o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, uma operação conjunta EUA-Canadá que defende o espaço aéreo de ambos os países. O comando é liderado pelo comandante do NORTHCOM dos EUA, o general da Força Aérea Terrence J. O’Shaughnessy.

As interceptações mostraram que os Estados Unidos estão preparados para defender seu território, disse O”Shaughnessy em comunicado. O comandante disse anteriormente que esperava que aeronaves russas testassem as defesas aéreas americanas enquanto o país lida com a pandemia de coronavírus. “As patrulhas aéreas voadoras protegem as abordagens de nossas nações e enviam uma mensagem clara de que continuamos executando nossas missões de defesa de pátria com a mesma capacidade que sempre trazemos para a luta”, disse O’Shaughnessy na quarta-feira no comunicado.

O NORTHCOM informou pela última vez que interceptou aeronaves russas na costa do Alasca em 20 de maio. Esse incidente também levou quatro bombardeiros Bear e dois caças Flanker a entrar na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca, uma área do espaço aéreo quase inteiramente internacional que se estende por 320 quilômetros da costa do Alasca. Os Estados Unidos esperam que as aeronaves que entram nessa zona se identifiquem no interesse da segurança nacional.

As autoridades militares não disseram com precisão o quão perto os aviões russos chegaram da costa do Alasca nesse incidente. Aviões militares russos foram interceptados por caças dos EUA na costa do Alasca em incidentes também em março e abril, de acordo com o NORTHCOM.

FONTE: Star and Stripes

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

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