Comissão de Assuntos Econômicos do Senado discute compra do Gripen com a FAB

Gripen

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Delcídio do Amaral, se reuniu em Brasília com o Comando do Aeronáutica, para discutir a compra de aviões de caça, modelo Gripen, fabricados na Suécia, para equipar a Força Aérea Brasileira. A compra será financiada por uma agência sueca e a aprovação do financiamento passa pela aprovação da CAE.

“Estivemos com os membros do alto Comando da Aeronáutica, Brigadeiro Nivaldo Rossato (Comandante da Aeronáutica), e o Brigadeiro Rui Mesquita (Chefe da Assessoria Parlamentar do Comando), falando sobre o Projeto F-X2, de aquisição dos caças Gripen. O governo brasileiro tomou a decisão de adquirir esses aviões após uma disputa com os Rafale, da francesa Dassault, e com o americano F18, fabricado pela Boeing. O importante é que esse projeto com os Gripen vai viabilizar o desenvolvimento, pela Embraer e por empresas brasileiras, de tecnologia de ponta. Pelo que o Comando da Aeronáutica me relatou, uma parte desses caças vai ser construída na Suécia e grande parte já no Brasil, através da absorção de tecnologia. É muito importante a visão da FAB nesse sentido porque isso agrega valor, faz com que as as empresas se desenvolvam e, ao mesmo tempo, gera emprego no País, através do avanço tecnológico. Portanto é uma iniciativa correta que corresponde a esse histórico da FAB de sempre olhar o Brasil de uma forma mais ampla, investindo em tecnologia”, comentou o senador.

De acordo com Delcídio, neste momento a Aeronáutica está negociando o contrato de financiamento dos caças, orçado em US$ 4,5 bilhões, com a agência de financiamento sueca.

“Fizemos uma discussão ampla porque o prazo para a assinatura do contrato vence no final de abril. Precisamos aprovar rapidamente o empréstimo na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, para que a Aeronáutica dê um grande passo e se coloque numa posição de ponta, trazendo os caças para garantir a defesa, o controle das fronteiras e do espaço aéreo brasileiro”, observou o presidente da CAE.

Delcídio argumentou ainda que o financiamento será feito em coroas suecas. Com isso, o contrato não corre o risco de ser aumentado em função da desvalorização do real frente ao dólar.

Sair da versão mobile