Defesa Aérea: Troca de guarda em Anápolis

M2000C-3
Os Mirage 2000C\B foram definitivamente aposentados em 31 de dezembro de 2013

Por Ivan Plavetz

Aposentados no último dia 31 de dezembro, os Mirage 2000C/D (F-2000 C/D) da Força Aérea Brasileira (FAB) pertencentes à frota Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1ºGDA), Esquadrão Jaguar,deixaram uma lacuna que será preenchida a curto prazo pelos aviões de combate Northrop F-5M Tiger II até que cheguem à Base Aérea de Anápolis (BAAN), em Goiás, os primeiros Saab Gripen.

Embora essas plataformas tenham sido fabricadas nos anos de 1970, o recheio eletrônico desses caças esta 30 anos adiante, conferindo ao modelo a capacidade de cumprir a tarefa de defender o espaço aéreo do Planalto. Radar multimodo Selex Galileo Grifo F/BR, sistema de autodefesa incluindo RWR (alerta radar), lançadores de “flare”(contramedidas), misseis ar-ar Python 4 (curto alcance – off boresight) e Derby (além do horizonte – BVR), HMD (visor e mira montados no capacete) e avançados computadores de navegação e missão tornaram os Tigres da FAB vetores de combate a altura de suas tarefas. Apesar de mais lentos (menos potência) que os Mirage 2000, os F-5M podem alcançar a capital brasileira em apenas sete minutos.

O F-5M no hangarete de alerta da Base Aérea de Anápolis, pronto para defender o espaço aéreo do planalto central (Foto: Agência Força Aérea-Sgt Johson Barros)

Inicialmente, um único Northrop F-5M esta operando naquela base, permanecendo em alerta para ser acionado a qualquer hora do dia e da noite. A cada 15 ou 20 dias um par de pilotos oriundos de um dos três esquadrões da FAB que operam F-5M (1º/14º GAv.Esquadrão Pampa(Canoas,RS), 1º/4º GAv, Esquadrão Pacau (Manaus,AM) e 1º GAvCa, Jambock e Pif-Paf (Rio de Janeiro), ficam responsáveis pelo avião em caso de acionamento. Simultaneamente, um grupo de mecânicos pertencentes às três unidades mencionadas foram incumbidos de cuidar da “saúde” da aeronave para que sua disponibilidade seja sempre imediata.

Em caráter de revezamento, pilotos de combate pertencentes ao Esquadrão Pampa, Esquadrão Pacau e 1ºGAvCa ficaram responsáveis pelo manejo do primeiro F-5M destacado para operar em Anápolis (Foto Agência Força Aérea-Sgt Johnson Barros)

Assim como acontece com o esquadrões Pampa, Pacau, Jambock e Pif-Paf, bem como com os esquadrões Escorpião(1º/3º GAv.) de Boa Vista (RR), Grifo (2º/3º GAV.) de Porto Velho (RO), Flecha (3º/3º GAv.) de Campo Grande (MS), todas as operações executadas pelo 1º GDA são coordenadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), o qual coordena também outros meios de defesa aérea do País, como por exemplo, as baterias antiaéreas da FAB, Exército e Marinha. O COMDABRA conta também com o apoio das plataformas E-99 e R-99, ambos operados pelo Esquadrão Guardião (2º/6ºGAv), também sediado na BAAN.

Seis pilotos que atuaram no 1º GDA antes da desativação dos Mirage 2000 estão recebendo instrução no 1º GAVCa e 1º/14º GAv através do Curso de Formação Operacional, para voarem os F-5M. Tal medida indica que o 1º GDA deverá ter sua frota de F-5M ampliada para manter a defesa aérea da capital federal até a chegada dos Gripen. Os planos indicam que esses oficiais aviadores serão treinados no F-5M e posteriormente no recém selecionado caça sueco. É oportuno lembrar que onze caças F-5E/F comprados da Jordânia estão neste momento em processo de modernização pela Embraer Defesa e Segurança (EDS) na divisão industrial de Gavião Peixoto, interior do estado de São Paulo.

FONTE:T&D

 

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