Em centro no Brasil, Boeing quer coordenar 300 projetos até 2016

Donna Hrinak, Presidente da Boeing Brasil
Donna Hrinak, Presidente da Boeing Brasil

Por Mariana Barbosa

Inaugurado neste ano, o centro de pesquisa da Boeing em São José dos Campos não tem laboratórios nem cientistas com máscaras e jalecos.

Com estrutura enxuta (serão 10 engenheiros até o fim deste ano e 15 até o fim do próximo), a empresa trabalha em colaboração com instituições e universidades como o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da FAB, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a UFMG e a USP.

O escritório é o sexto para pesquisa avançada fora dos EUA –onde há outros cinco– e compartilha da metodologia dos demais, instalados na Áustralia, na China, na Rússia, na Índia e na Espanha.

Ali, cada engenheiro coordena de 10 a 20 projetos, financiados pela companhia mas tocados por instituições parceiras. “A engenharia é um talento escasso. Você tem que ir aonde os engenheiros estão”, diz Antonini Puppin Macedo, diretor de Operações e Coordenador de Pesquisas da empresa no Brasil.

A primeira fase de trabalho do centro se resumiu a mapear as pesquisas existentes no Brasil relacionadas às áreas de aviação e espaço.

Com a experiência de quem gera 760 patentes por ano, a Boeing aposta que, ao investir e coordenar esses projetos, pode evitar que naufraguem.

A empresa não diz quanto injeta em pesquisa no país. Até 2016, a expectativa é que sejam 300 projetos, coordenados por 15 engenheiros (o centro russo, aberto em 1993, tem 180 pesquisadores).

Os projetos financiados no Brasil se relacionam entre si e com pesquisas externas. Abrangem do desenvolvimento da macaúba como biocombustível ao uso de satélites para desenvolver sensores de monitoramento remoto de culturas agrícolas.

FONTE: Folha de São Paulo

Cada um deles deve levar até quatro anos para maturar. Quando isso começar a acontecer, a Boeing planeja investir em um laboratório para produzir protótipos.

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