Expansão do conhecimento diferencia Odebrecht Defesa e Tecnologia no mercado nacional

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O processo de reestruturação da indústria de defesa do país, um dos principais eixos da Estratégia Nacional de Defesa (END), vem motivando a reorganização de várias empresas e grupos privados brasileiros para o atendimento às demandas e necessidades das Forças Armadas do país. Neste cenário, atua a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) com o objetivo de conceber, desenvolver e integrar e tecnologias e produtos de uso militar e civil, sob o domínio nacional.

Em 2011, ao reunir a experiência nacional e internacional da Odebrecht na concepção e implementação de grandes projetos e gestão de empreendimentos de alta complexidade e de tecnologia de ponta e a capacidade de desenvolvimento tecnológico da Mectron, a ODT fortaleceu a sua posição no mercado de defesa nacional, expandindo a sua participação em importantes projetos estratégicos da Marinha do Brasil, da Aeronáutica e do Exército brasileiro.

“O propósito da ODT está vinculado ao ambicioso plano brasileiro de migração de uma economia industrial para uma economia do conhecimento, salto este que se reflete na nova política de defesa da Nação”, expõe André Amaro, presidente da ODT.

André Amaro, Presidente da Odebrecht Defesa & Tecnologia

“Entendemos que a Estratégia Nacional de Defesa é uma grande oportunidade para que o país utilize o investimento direcionado para a defesa como plataforma para a aquisição e desenvolvimento de maior conteúdo do conhecimento sob domínio nacional, promovendo um grande salto no valor agregado da economia brasileira.”

Nesta linha de reflexão, a absorção de conhecimento e o desenvolvimento de tecnologia própria para a geração de produtos de defesa específicos criam um cenário propício para a expansão de diversos nichos tecnológicos no país, gerando atividades de maior valor agregado e reflexos positivos no crescimento de toda a economia.

“O ponto central da Estratégia Nacional de Defesa é a mobilização de competências para se atingir um objetivo maior que é o da autonomia brasileira em tecnologias críticas, e o papel dos agentes econômicos privados que, se colocam ao lado das Forças – Marinha, Aeronáutica e Exército – neste desafio, é o de assegurar o alcance deste propósito”, observa André Amaro.

“Esta é uma visão ambiciosa e requer um preparo e um posicionamento estratégico das empresas praticamente inédito no país.”

A aquisição do controle acionário da Mectron representou um marco no propósito da ODT de atingir uma posição diferenciada no mercado de defesa nacional, com a inserção da organização no processo de desenvolvimento de tecnologias estratégicas de interesse das Forças Armadas Brasileiras, especialmente, sistemas aviônicos, radares, equipamentos embarcados para os segmentos aeronáutico, espacial e naval, sistemas de comunicação seguros, entre outros.

Atuando de forma integrada com a Mectron, a ODT ampliou a sua capacidade de desenvolvimento e de fabricação de produtos de uso militar e civil e, principalmente, o seu potencial de absorção de tecnologias críticas e de aplicação deste conhecimento em prol de melhores soluções para os projetos nacionais.

Entre os produtos fornecidos para as Forças Armadas destacam-se: a certificação, produção e entrega à Marinha do Brasil, para uso do Corpo de Fuzileiros Navais, de 42 unidades do MSS 1.2 (Míssil Superfície-Superfície), um míssil antitanque, guiado a laser, com alcance de cerca de 3 km; lotes do MSS 1.2 foram também fabricados e fornecidos ao Exército Brasileiro; para a Força Aérea Brasileira (FAB), a conclusão de radar da aeronave AMX e a assinatura de contrato para a implantação do LINKBR-2, um datalink de comunicação entre aeronaves, além do desenvolvimento dos mísseis MAA-1B de 4ª geração, A-Darter de 5ª geração e MAR-1.

Outros contratos para a implantação e desenvolvimento de tecnologias avançadas, firmados entre a ODT e as três Forças, ainda estão em andamento, entre estes, o MAN-SUP, um míssil antinavio nacional, para a Marinha; para a FAB, o radar SCP-01 para a aeronave AMX e o apoio à integração às aeronaves em processo de modernização.

Na área espacial, ODT e Mectron estão presentes em grande parte dos projetos brasileiros: na Plataforma Multimissão para satélites e no CBERS, satélite sino brasileiro de sensoriamento terrestre, com a fabricação e ensaios de equipamentos para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); no satélite de reentrada na atmosfera SARA e no veículo lançador do sistema de navegação inercial VLS/VSISNAV, com o desenvolvimento de equipamentos eletrônicos de bordo para a FAB.

“A Odebrecht Defesa e Tecnologia está preparada para contribuir com o programa espacial brasileiro, o qual, inclusive, com importantes resultantes para o êxito da estratégia de defesa. Para o alcance da autonomia tecnológica que almejamos, necessitamos deter o domínio do satélite e dos respectivos sistemas de comunicação, comando e controle”, expõe André Amaro.

“Entendemos que a autonomia tecnológica está diretamente relacionada à segurança do país em realizar uma missão, pois a falta desta autonomia subordina a eficácia da missão ao consentimento do detentor da tecnologia.”

Corveta Barroso lançando o míssil Exocet

No PROSUB, além da participação da ODT na construção dos submarinos convencionais e nuclear, por meio da Itaguaí Construções Navais (ICN), da qual a ODT detém 59%, a Empresa também está presente no Consórcio Baía de Sepetiba (CBS), responsável pelo planejamento, coordenação, gestão e administração das interfaces do PROSUB para a Marinha.

Com relação à construção dos submarinos, André Amaro assinala que, em se tratando de uma plataforma de defesa naval muito complexa, industrializar e integrar submarinos requer capacitação e conhecimento diferenciados e um treinamento contínuo de pessoas envolvidas neste processo, ressaltando ainda, a necessidade de uma retroalimentação permanente do conhecimento para a garantia de continuidade do programa.

“A constância de investimentos é um ponto fundamental para o cumprimento da Estratégia Nacional de Defesa e, mais importante ainda, é que este recurso destinado à execução da END seja liberado em velocidade que nos permita criar o efeito de potencializar o conhecimento e reutilizá-lo. Pois do contrário, ‘soluços’ de investimento ou dotações esparsas não serão suficientes para a criação de uma massa crítica capaz de absorver e desenvolver tecnologia de forma constante, ou seja, uma geração de brasileiros voltados para o desenvolvimento de tecnologias críticas, imprescindíveis para a autonomia e soberania da Nação.”

FONTE: Technonews

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