FAB usa impressoras 3D para fabricar componentes de aeronaves

O Instituto de Estudos Avançados (IEAv) da Força Aérea Brasileira (FAB) fez parceria com a fabricante de impressoras 3D Stratasys para criar componentes robustos de aeronaves em conformidade com os rígidos requisitos da Aeronáutica. Especificamente, o IEAv utiliza principalmente o Stratasys Fortus 900mc para fabricar peças de aeronaves complexas e sofisticadas. A equipe da Stratasys afirma que a integração de soluções de impressão 3D nos métodos de fabricação existentes do IEAv permite que as instituições produzam modelos de teste e componentes em uma semana.

Sem a impressão 3D, a maioria dos fabricantes de aeronaves e forças aéreas são forçados a depender de métodos e sistemas de fabricação tradicionais, o que pode levar meses devido ao processo de remessa e estratégias ineficientes de produção em lote. A equipe da Stratasys afirmou que a FAB já foi forçada a depender de um processo que poderia levar até seis meses para a criação de modelos de teste.

Atualmente, o IEAv está implementando um método de produção específico baseado na tecnologia de modelagem de deposição fundida (FDM), que foi criado pelo fundador da Stratasys, Scott Crump, há duas décadas. Desde então, a Stratasys continuou a liderar pesquisas no campo e fornecer aplicações comerciais da tecnologia FDM.

Até agora, o IEAv experimentou melhorias significativas em seu processo de fabricação e experimentos. O método econômico e ultrarrápido de impressão 3D baseada em tecnologia FDM permitiu que a IEAv produzisse peças de aeronave importantes sob demanda, otimizando toda a fase de testes em termos de tempo consumido e orçamento. “Usando a impressão 3D Stratasys, agora podemos melhorar e expandir nossa produtividade de pesquisa, devido à flexibilidade que ele fornece, e à maneira que nos permite otimizar nossos recursos”, observou o Dr. Rego.

A equipe de desenvolvimento da IEAv já está começando a testar a aplicabilidade do mundo real de peças de aeronaves com tecnologia impressa FDM. Uma vez superados os requisitos rigorosos e a fase de avaliação da FAB, os componentes impressos em 3D estarão prontos para distribuição comercial. Mais importante ainda, explicou o Dr. Antonio Carlos de Oliveira, pesquisador sênior do IEAv e gerente de projeto de pesquisa FINEP, a tecnologia de impressão 3D ainda permite à instituição testar vários projetos e modelos de teste sem inserir uma quantidade séria de capital.

Anteriormente, era praticamente impossível para a FAB experimentar produtos híbridos e propostas incompletas, já que os métodos tradicionais de fabricação e expedição exigiam aumento substancial do orçamento. No entanto, com a impressão 3D, Oliveira afirma que a flexibilidade da instituição para assumir projetos inovadores e experimentais se expandiu.

“Esta nova forma de prototipagem com a impressão 3D nos dá maior flexibilidade, confiabilidade e velocidade, a um custo significativamente menor. A tecnologia de impressão 3D está redefinindo nossos limites de laboratório, abrindo novas possibilidades e aspectos de pesquisa. Benefício de garantir o sigilo de nossas inovações e a segurança dos projetos aeroespaciais e de defesa que desenvolvemos”, afirmou o Dr. Oliveira.

FONTE: IDS – Portal 3dprint.com

Sair da versão mobile