No âmbito do processo de renovação das suas capacidades aéreas, a Força Aérea Portuguesa (FAP) prepara-se para incorporar a primeira aeronave de ataque ligeiro Embraer A-29N Super Tucano, uma variante especialmente desenvolvida segundo os padrões da NATO/OTAN. O contrato para essas aeronaves foi assinado em 16 de dezembro de 2024, para doze aeronaves. A FAP receberá doze aeronaves até o final do ano, marcando um marco ao se tornar a primeira operadora europeia deste modelo. A aquisição faz parte do programa de Apoio Aéreo Aproximado (OCMA), projetado para fortalecer missões de treinamento, vigilância, apoio de fogo e intervenção tática.
A aquisição faz parte do programa de Apoio Aéreo Aproximado (OCMA), parte da Lei de Programação Militar (LPM) revisada em agosto de 2023, que destina 180,5 milhões de euros ao projeto. Esta iniciativa responde às necessidades estratégicas definidas pela chamada Visão Militar 2022–2034, que prioriza plataformas de asa fixa capazes de operar em ambientes permissivos e semipermissivos, incluindo possíveis implantações na África em missões como a Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA).
Os A-29Ns serão designados para o Esquadrão 103 “Caracois” e cobrirão as capacidades deixadas pela aposentadoria dos jatos Dassault/Dornier Alpha Jet em janeiro de 2018. Além do treinamento avançado de pilotos, a nova aeronave executará funções de apoio aéreo aproximado (CAS), inteligência, vigilância, reconhecimento (ISR) e coordenação de ataques aéreos em solo (JTAC).
Portugal também estará ativamente envolvido na produção destas aeronaves: a OGMA – Indústria Aeronáutica Portuguesa e subsidiária da Embraer, participará na montagem parcial dos A-29N. Em agosto de 2024, a Embraer anunciou um investimento de 90 milhões de euros na OGMA, com o objetivo de triplicar sua receita anual e fortalecer seu papel industrial. Além disso, a OGMA também estará envolvida na adaptação do avião de transporte KC-390 para operação dentro da OTAN.
Características do A-29N Super Tucano
O A-29N é uma evolução do renomado Embraer Super Tucano, com adaptações específicas para atender aos requisitos de interoperabilidade da OTAN. Entre suas principais melhorias estão:
- Sistema de comunicação e navegação compatível com rádios V/UHF, terminal SATCOM, módulo DACAS (Digital Close Air Support) e link de dados Link 16;
- Capacidade de transmissão de vídeo em tempo real para unidades terrestres por meio da compatibilidade com sistemas ROVER;
- Conjunto completo de autodefesa, incluindo avisos eletrônicos (RWR) e contramedidas (Chaff/Flares);
- Sensor eletro-óptico avançado para missões ISR;
- Maior alcance e autonomia para operações prolongadas;
- Armamento integrado à fuselagem com duas metralhadoras M3P de 12,7×99 mm, além da capacidade de empregar armas guiadas e cápsulas de lançamento de foguetes.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Zona Militar
Verdade. Os Alouettes na Guiné, salvaram muitas vidas. O Heli-Canhão era uma preciosa máquina. Quando precisávamos, nunca nos abandonou, era um alívio, enquanto fazia o trabalho dele nós reorganizávamo-nos. Foram nosso transporte imensas vezes. Muitas delas a contornarmos os tornados, enfim.
Uma belíssima máquina.
Ficam as lembranças e saudades
Fiquei curioso na maior autonomia, o que foi modificado para que o A29 da otan tenha mais autonomia em relacao aos demais??
https://www.youtube.com/watch?v=7ld1ntHfnZs&t=1132s&ab_channel=For%C3%A7aA%C3%A9reaPortuguesa
vídeo sobre o 50º aniversário dos Alouettes III na FAP e que retrata muito bem a participação dos helicópteros na Guerra do Ultramar. Também neste vídeo sobre a primeira Força Nacional Destacada na MINUSCA, https://www.youtube.com/watch?v=An29lWTUkns&ab_channel=Associa%C3%A7%C3%A3odeComandos, quase no final podemos ver um soldado português ferido e sendo evacuado de helicóptero e no final desse dia estava no Hospital Militar em Lisboa
É um abuso e uma propaganda promocional da aeronave referir “Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA).” porque a experiência portuguesa na guerra contra insurgência em África nos diz que a melhor arma é o helicóptero tal como se pode ver neste vídeo.
Das caraterísticas do A-29 quais são as que serão implementadas pelas empresas portuguesas? Já que na cerimónia de assinatura foi mencionado que empresas portuguesas iriam desenvolver sensores novos para a aeronave?
“A FAP receberá doze aeronaves até o final do ano” – creio que a fonte (Zona Militar) errou, me parece ser impossível c/ 8 meses restantes entregar essa quantidade, o que vi circular é a notícia de 2 unidades em 2025.
Provavelmente a Embraer deveria ter células prontas nas suas fábricas.