Gripen Internacional acredita estar próxima a decisão do F-X2

Linkoping – Depois de anos de atraso, a Gripen International acredita que o Brasil está perto de tomar uma decisão em sua competição de caça, no qual o monomotor Gripen concorre com o Boeing F/A-18E/F Super Hornet e o Dassault Rafale.

“Estamos tendo a sensação de que é o fim do jogo”, disse Eddy de La Motte, vice-presidente de marketing da Gripen International, joint venture formada pela Saab e a BAE Systems para oferecer o caça sueco para clientes de exportação.

A Saab poderia entregar o primeiro caça Gripen E/F (mais conhecido por NG) quatro anos após a assinatura do contrato, mas ainda não está claro se a escolha de Brasília vai ser para partir para um cronograma próprio, ou se vai se juntar ao combinado Suíça/Suécia no cronograma de desenvolvimento do Gripen E/F, com entrega da primeira aeronave para 2018.

O primeiro protótipo do Gripen E/F deve voar no próximo ano, se os governos da Suíça e da Suécia concordarem com o programa de desenvolvimento futuro. O esforço provavelmente também vai exigir algum financiamento da Saab.

Enquanto isso, o radar AESA Raven ES-05, da Selex Galileo, em breve deve voar no demonstrador do Gripen NG, quando monitores e sensores do cockpit serão ajustados para o novo radar.

O governo sueco tem uma oferta na mesa para os potenciais compradores de exportação, caso queiram acelerar a sua compra do Gripen E/F e receber antes do prazo, mas não quer ser o primeiro comprador. Essa oferta continua sobre a mesa, diz de La Motte.

Vencer no Brasil poderia abrir as portas para futuros acordos na América do Sul, acrescenta Frederik Gustafson, diretor regional para as exportações do Gripen nas Américas. “Existe uma grande necessidade por novos caças na região e as economias estão em crescimento”, disse ele a repórteres nos bastidores do Aerospace Forum Sweden 2012. Há vários países visando comprar nos próximos cinco anos, acrescenta.

Mas essa não é a única região onde o fabricante está trabalhando para cumprir a sua meta de vender 300 caças durante a próxima década. Na Tailândia, onde já vendeu 12 Gripens (seis foram entregues e seis seguirão no próximo ano), espera-se por encomendas adicionais. Malásia, Filipinas, Indonésia e Vietnã, também podem ser oportunidades, diz de La Motte.

Os esforços também continuam a ampliar o leasing dos caça para a República Checa, que podem assegurar futuras encomendas para Bulgária, Romênia, Croácia e Eslováquia. A Gripen ainda espera convencer Dinamarca e Holanda a desistir do programa do F-35A Joint Strike Fighter, do qual eles estão comprometidos.

FONTE: Aviation Week   FOTO: Gripen International
TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval

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