Histórico da Operação Ágata

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Foto: Felipe Barra

As ações iniciaram a partir do Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal. Desde a primeira edição da Ágata, em 2011, até a oitava operação realizada em 2014, foram inspecionados 731.292 veículos e 253 aeronaves, 34.658 embarcações apreendidas, vistoriadas ou notificadas, 229 armas apreendidas, 21,9 toneladas de explosivos apreendidos, 68,1 toneladas de drogas apreendidas, 56.326 pessoas revistadas.

Os 4.045 quilômetros de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai estarão no centro de atenção das Forças Armadas Brasileiras. Desde as primeiras horas desta quarta-feira (22), cerca de 4,2 mil militares, com apoio de agentes governamentais estão realizando a Operação Ágata 9, que visa o combate ao crime transfronteiriço.

Nesta edição, o aparato militar atua em 166 municípios indo de Vista Alegre do Abunã (RO) a Foz do Iguaçu (PR). A operação envolve os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, com o centro de operação instalado na sede do Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande (MS).

A Operação Ágata 9 é de responsabilidade do Ministério da Defesa, sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) junto com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. A Ágata foi instituída por decreto da presidenta Dilma Rousseff, em 2011, no âmbito do Plano Estratégico de Fronteira (PEF). Os países vizinhos foram informados da ação militar e enviaram observadores para a capital sul-matogrossense.

Foto: Felipe Barra

Um dos objetivos da Ágata 9 é intensificar a presença do Estado brasileiro junto a faixa de fronteira, contribuindo para o combate e a redução de ilícitos transfronteiriços como contrabando, tráfico de drogas, de pessoas, de armas e munições, exploração sexual, evasão de divisas, crimes ambientais, roubo de veículos, garimpo ilegal, entre outros.

Para isso, as Forças Armadas estão utilizando 57 veículos, entre aeronaves, viaturas e embarcações, além do emprego de 4.201 pessoas de 46 instituições e órgãos públicos.

Está será a primeira vez que a operação contará com os meios do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron) – projeto estratégico do Exército implantado na área da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados (MS).

No ano passado, o MD realizou uma Ágata que tomou toda a fronteira brasileira, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS). Essa mobilização se deu às vésperas da Copa do mundo Fifa Brasil 2014. O mesmo ocorreu no ano anterior, em função da Copa das Confederações e da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). No ano passado foram apreendidos 36 mil quilos de drogas.

Ações cívico-sociais

A Ágata também promove ações de cunho médico-social. Em 2014 foram prestados 12.443 atendimentos em diversas especialidades médico-hospitalar e 16.655 odontológicas. Para a população mais carente dos municípios de fronteira foram distribuídos 226.346 medicamentos.

Durante as chamadas ações cívico-sociais (acisos), crianças e adolescentes participaram, ainda, de atividades recreativas e esportivas.

As acisos contaram com a participação de profissionais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. O SEST e o SENAT, entidades assistenciais do setor de transporte, também estiveram em algumas cidades da divisa. Nos postos montados em escolas e quadras de esporte foi possível emitir documentos de identidade e carteira de trabalho.

Como parte das ações em prol da sociedade civil, com a Ágata 8 os militares recuperaram 62 km de trechos de rodovias e realizaram manutenção e reparo em 104 instalações públicas, entre elas escolas.

FONTE: Ascom

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