Mais um duro golpe contra o Rafale, Índia adia o contrato de compra

Índia adia compra do Rafale após esgotar orçamento

A Índia adiou até o próximo ano fiscal, o plano de comprar 126 caças franceses Rafale, fabricados pela Dassault Aviation, disso o ministro da Defesa nesta quinta-feira.

Nova Deli tinha escolhido o caça Rafale para negociações exclusivas em janeiro de 2012, e era esperado para finalizar o negócio, estimado em US$ 15 bilhões, até o final de março mas, as negociações para comprar 18 aviões feitos na França e construir o restante da Índia desacelerou e vai se estender para o ano fiscal seguinte, informou AK Antony,ministro da Defesa, em entrevista coletiva na Defexpo.

Os militares indianos, que são os maiores importadores de armas do mundo por três anos consecutivos, já passaram de 92% do seu orçamento para este ano, disse ele. “Compras de grande porte só serão possíveis no próximo ano fiscal. Não há dinheiro sobrando”, disse Antony. O país deve realizar eleições em maio e o novo governo tem posse prevista para o mês seguinte.

A Índia está no meio de um programa de modernização de defesa, avaliado em US$ 100 bilhões, para substituir os aviões e tanques adquiridos durante a era soviética e diminuir a diferença com a China, com o qual travou uma guerra em 1962. A disputa de fronteira persiste.

Este programa ocorreu de forma lenta, assim como outros grandes projetos no âmbito do atual governo e, em partes, por causa da insistência de Antony na transparência, e integridade, no processo de aquisição de equipamentos de defesa, marcado por alegações de suborno.

O Presidente-executivo da Dassault Aviation, Eric Trappier, disse em dezembro que estava otimista sobre a finalização do negócio dentro de alguns meses, embora ele não tivesse certeza de que fosse assinado antes ou depois da eleição nacional.

Antony disse que os dois lados também foram tentar resolver a questão dos custos de ciclo de vida relacionados com o Rafale. Já a Força Aérea, que lançou o processo de aquisição em 2005, disse que o atraso vai afetar gravemente a sua frota de caças.

FONTE: Reuters

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval

Sair da versão mobile