Ministério debaterá linhas de financiamento e garantias para as indústrias de Defesa

foto PH Freitas

Brasília, 12/11/2015 – O Ministério da Defesa passará a conduzir junto a setores específicos do Governo a questão do acesso ao financiamento para as empresas que compõem a Base Industrial de Defesa (BID). O assunto foi debatido nesta quarta-feira (11), durante reunião da Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMID), fórum que reúne representantes de diversos ministérios, além de associações de indústria.

O secretário-Executivo da CMID e diretor de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, brigadeiro José Augusto Crepaldi, explica que o tema será tratado no âmbito do Grupo de Assessoria de Financiamento (GAF), colegiado consultivo que estuda, discute e recomenda iniciativas de política econômico-financeira para instituir condições especiais de acesso das Empresas Estratégicas de Defesa (EED) ao financiamento no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Na visão do brigadeiro, assegurar um mecanismo de financiamento adequado é fundamental para que a indústria nacional de defesa seja cada mais competitiva no mercado mundial.

“É o financiamento que dará condições para que a indústria de defesa possa competir no mercado externo, buscando a exportação dos seus produtos, além de propiciar atividades de expansão e de inovação tecnológica com recursos que não sejam tipicamente orçamentários”, explicou.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Sami Hassuani, informa que, por trabalhar com inovação, que leva mais tempo para dar retorno, as empresas não têm recursos em seu capital de giro para investir em novos projetos. Por isso, ele defende linhas de pagamento com prazos maiores e que tenham custos compatíveis à inovação.

De acordo com ele, a partir do momento em que as indústrias de defesa puderem contar com acesso a linhas de crédito, o país ganhará muito com a exportação de produtos de alto valor agregado.

“Com isso, é possível gerar mais empregos, com altos salários, movimentar o PIB e, com as exportações, o país recuperar em até dez vezes o valor inicialmente investido. Nós temos uma estatística: para cada um milhão investido em inovação, você devolve dez em exportação”, disse.

Além da Abimde, a reunião contou com a presença de representantes de Departamentos de Defesa (Comdefesa) da Fiesp, da Fiesc, Firjan e Fiep, além da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) e diversas pastas, como ministérios da Indústria e Comércio; Ciência, Tecnologia e Inovação; Planejamento e Fazenda, e da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos).

FONTE: Asscom

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