Planos da ROK Navy incluem 2 porta-aviões, S-3 Viking e novos Destróieres

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A Marinha da Coreia do Sul (ROK Navy) planeja construir um segundo navio da classe Dokdo (LPH 6111), como um navio-aeródromo leve, visando operar com aeronaves VTOL (Vertical Take-Off and Landing), e com meta de longo prazo para a construção de duas unidades até 2036, e assim, expandir sua frota de águas azuis, para lidar com o aumento das forças navais da China e Japão, de acordo com uma fonte da Marinha, que completou informando que a  ROK Navy vem estudando a possiblidade de operar porta-aviões leves com base em um estudo de viabilidade.

“É o que esperamos”, disse uma fonte da Marinha sob condição de anonimato. “Não há requisitos fixos no momento, mas temos estudando formas de possuirmos porta-aviões leves nas próximas duas décadas”.

Chung Hee-soo, do partido majoritário Saenuri, revelou o conteúdo de um relatório de viabilidade na semana passada: “Para lidarmos com possíveis disputas marítimas entre países vizinhos, precisamos de porta-aviões o mais rápido possível”, disse Chung, um membro da Comissão de Defesa da Assembleia Nacional, durante uma audiência em 11 de outubro com o Almirante Choi Yoon- hee, novo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. “Para as operações de paz internacionais, a nossa marinha deve ter porta-aviões”.

De acordo com Chung, a ROK Navy planeja três fases :

1) Equipar o segundo navio da classe Dokdo (LPH – Landing Platform Helicopter), com uma “Ski Jump”, para auxílio à decolagem das aeronaves VTOL. O Dokdo também poderia receber uma  até 2019, de acordo com o relatório que sugere, se necessário, poderiam ser adquiridos caças Harrier, provenientes dos EUA, Reino Unido ou Espanha.

2)  Construir antes de 2019, um LHD (Landing Helicopter Dock) semelhante ao espanhol Juan Carlos I .

3) Construir entre 2028 e 2036, dois navios-aeródromos leves de 30.000 toneladas, com características semelhantes ao italiano da Classe Cavour, podendo operar com cerca de 30 aeronaves .

“Nós deveríamos ter capacidades para dissuadir a Coreia do Norte  e, ao mesmo tempo, precisamos de recursos mínimos para responder a possíveis ameaças de países vizinhos”, disse Choi respondendo a Chung, aparentemente referindo-se ao aumento das capacidades navais de China e Japão.

A China colocou recentemente em serviço o seu primeiro porta-aviões, com mais três navios planejados. O Japão, cuja Marinha é classificada como uma força de autodefesa, revelou um destróier porta-helicópteros de 20.000 toneladas, semelhante a um porta-aviões de pequeno porte.

Mais navios Aegis e Jatos

Durante a Assembléia Nacional, na semana passada, a Marinha revelou seus planos de aquisição de médio e longo prazos para reforçar ainda mais o sua força naval.

A ROK Navy pretende comissionar até 2023, mais  três destróiers Aegis KDX -III, de 7.600 toneladas, conforme noticiado anteriormente pelo DAN, para desenvolver uma frota naval estratégica. Hoje estão em serviço três unidades KDX -III equipadas o radar SPY -1D, construído pela Lockeed Martin, capaz de rastrear mísseis balísticos e aviões inimigos.

“A construção de novos navios Aegis pode ser concluída antes do previsto”, segundo o Almirante Hwang Gi-chul, chefe de operações navais, completando: “E os novos navios Aegis serão ainda mais furtivos do que os navios existentes”.

A ROK Navy também vai lançar depois de 2023, a próxima geração de destroyers, chamada de KDDX,  composta de seis unidades com 5.900 toneladas de deslocamento.

O desenvolvimento de um submarino de ataque está dentro do cronograma de acordo com a Marinha, que pretende colocar em serviço mais seis submarinos Tipo 214, de 1.800 toneladas, para elevar a frota de ‘214’ para nove submarinos até 2023.

Depois disso, serão construídos nove submarinos de ataque de 3.000 toneladas, o KSS-III. Estes submarinos devem ter capacidade de disparar mísseis de cruzeiro, a partir de tubos de lançamento vertical, com alcance de 1.500km, capazes de atingirem alvos na Coréia do Norte.

Outros planos de aquisição incluem o programa FFX, para construir 12 de novas fragatas, com sensores avançados e uma grande variedade de armas. O programa FFX se destina a substituir as envelhecidas fragatas da classe Ulsan e  as corvetas da classe Pohang, por fragatas multimissão.

O navios FFX, que deslocarão entre 2.300 e 3.000 toneladas, serão construídos em dois lotes com o objetivo de colocar 24 navios em serviço até 2026.

Também prioriza a aquisição de aeronaves de reconhecimento e vigilância, particularmente, o Lockheed S-3 Viking, que em 2009 deixaram o serviço a bordo dos porta-aviões da US Navy. Pretende também adquirir 18 S-3 e modificá-los para uma nova configuração, afim de atender aos requisitos operacionais da ROK Navy. Se aprovada, esta será a primeira aeronave de patrulha de asa fixa a jato, operada pela Marinha da Coreia do Sul, que atualmente opera 16 aeronaves turboélices de patrulha P- 3CK.

“A introdução do S-3 irá oferecer uma grande oportunidade para a Marinha para operar um jato, que foi projetado para operar em porta-aviões, já que estamos planejando ter um no futuro”, disse Kim Dae-young, um pesquisador e membro do Fórum de Segurança e Defesa Coreano. “Do ponto de vista operacional, o S -3 deverá ser utilizado para várias finalidades, tais como patrulha, guerra ASuW e reabastecimento em voo.”

A fim de reforçar a sua capacidade antissubmarino, mais seis novos helicópteros devem ser adquiridos até 2022.

Em janeiro, a AgustaWestland ganhou um contrato de US$ 560 milhões, para fornecer a ROK Navy seis helicópteros AW159 Lynx Wildcat, equipados com sonar de imersão ativo para guerra ASW.

FONTE: DefenseNews

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval

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