Portões Abertos DCTA 2015

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Por Guilherme Wiltgen e Rubens Barbosa Filho

Apesar do tempo nublado, após muita chuva e trovoada, o Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (DCTA) abriu as suas portas para a a população de São José dos Campos das demais cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, que compareceu em peso aos dois dias de Portões Abertos, realizados em 3 e 4 de outubro, podendo acompanhar de perto duas demonstrações da Esquadrilha da Fumaça. O Defesa Aérea & Naval (DAN) participou da histórica apresentação do sábado.

O evento “Portões Abertos” do DCTA fez alusão à comemoração dos 70 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial e fez parte das comemorações da Força Aérea Brasileira para o “Mês da Asa” quando comemora-se o Dia do Aviador e o Dia da Força Aérea Brasileira, no dia 23 de outubro. Para isso, foi realizada uma representação histórica do fim da II Guerra Mundial.

Outra novidade, foi o mock-up do Gripen NG, que ficou exposto ao público no hangar do Ensaio em Voo, sendo esta a primeira vez que o mesmo é exposto na capital brasileira da indústria aeronáutica, chamando atenção dos visitantes que queriam conhecer o mais novo caça da Força Aérea Brasileira.

O que se viu no DCTA

Apesar de estar praticamente dentro da fábrica da Embraer, a presença da fabricante brasileira se restringiu a apenas duas aeronaves, um Legacy e um E195 com a pintura da American Eagle.

A única surpresa foi a decolagem para um voo de teste do Legacy 500 (PT-ZEY), sem nenhuma relação com com evento realizado pelo DCTA.

      

Ficaram expostos estaticamente um F-5EM, A-1B, AT-26 Xavante, A-29 Super Tucano, C-105 Amazonas, C-97 Brasília e o C-95BM Bandeirante.

Os helicópteros foram representados pelo H-60L Black Hawk, H125 Esquilo da Polícia Militar do Estado de São Paulo e um HM-4 Jaguar (H225M) do 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx), que o público pode observar a sua chegada, pouso e taxi.

     

Os caças presentes

O público presente poder assistir a chegada do F-5EM, proveniente de Canoas, do A-1B, proveniente de Santa Maria, que realizaram algumas passagens baixas antes do pouso.

     

     

A apresentação em voo foi feita por A-29 Super Tucano, do Ensaio em Voo, que realizou uma bela demonstração da sua manobrabilidade, realizando várias passagens no período da manhã e da tarde, para alegria do público presente.

     

O A-29 Super Tucano no EDA

A Esquadrilha da Fumaça retomou as apresentações aéreas em julho deste ano, após dois anos de implantação operacional e logística da sua nova aeronave, o A-29 Super Tucano, que substituiu o T-27 Tucano e se tornou o quinto modelo de avião adotado na história do EDA.

     

Junto com o Super Tucano, foi adotado um novo esquema de pintura com cores vibrantes da nossa bandeira nacional, incentivando o sentimento de patriotismo e levando a bandeira do Brasil em todas as suas apresentações, sejam elas nacionais ou internacionais.

A adoção do Super Tucano representa o início de uma nova era na Esquadrilha da Fumaça, marcada pela inovação e avanços tecnológicos.

Esquadrilha da Fumaça: Apresentação de número 3.700

Com contagem desde 1952, ano de início do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), São José dos Campos testemunhou o marco histórico da Esquadrilha da Fumaça, a demonstração de número 3.700, realizada no sábado, dia 3 de outubro, e a décima primeira com a sua nova aeronave, o A-29 Super Tucano.

Toda a apresentação do EDA conta com sete pilotos em sete aeronaves, tendo cada um uma posição de voo e uma função específica.

     

As manobras são realizadas em diversas composições, podendo ser executadas pelos sete aviões juntos, ou em quartetos, em trios ou pares, podendo também serem executadas pelo número 7, o Isolado. O show aéreo dura cerca de 35 minutos e possui 50 manobras acrobáticas.

     

A demonstração com o A-29 segue a mesma sequência das que eram realizadas com o T-27, porém sofreram adequações necessárias devido ao fato do Super Tucano ser mais potente e possuir maior capacidade operacional em relação ao Tucano, o que possibilitou o retorno das manobras de Lancevaque e Chumbóide, que já não estavam mais sendo executadas.

     

     

Estas duas manobras consistem em uma combinação de comandos, que, quando executados, provoca uma reação na aeronave que se assemelha a “cambalhotas no ar”. No Lancevaque, os giros são verticais enquanto que na Chumbóide tem perfil horizontal.

     

     

     

     

Primeira demonstração do Maj. Pimentel (#6) e Cap. Glauber (#4)

Maj. Pimentel (#6) após a sua primeira apresentação.

A apresentação de número 3.700 marcou a estreia de dois pilotos, o Major José Pimentel Neto, da posição número 6, e do Capitão Glauber Lage da posição número 4.

O Major Pimentel ressaltou a importância do papel da Fumaça em inspirar o patriotismo e o profissionalismo no brasileiro. “Além da realização de um sonho de criança, da emoção do voo e da sensação de dever cumprido, esse momento representa o encontro do legado deixado pelos Fumaceiros de outrora com o futuro promissor que a Esquadrilha da Fumaça sempre inspira nas pessoas.”

“A estreia é um momento que treinamento nenhum é capaz de te preparar. A vibração que emana do público reverbera muito forte no nosso coração e gera uma emoção indescritível”, conta o Capitão Glauber após a sua primeira demonstração.

NOTA do EDITOR: Agradecemos ao Ten. Brig. Alvani Adão da Silva, Diretor do DCTA, pelas boas vindas a mais um Portões Abertos do DCTA e a equipe da Assessoria de Imprensa, nas pessoas da 2 Ten. Larissa e Sgt. Kelly, que não pouparam esforços para a realização desta matéria.

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