Segundo jormal argentino, Temer vai oferecer à Argentina 24 Super Tucano

O Ministério da Defesa do Brasil, a Força Aérea Brasileira (FAB) e a fabricante Embraer, já teriam dado o seu “de acordo”.

O presidente Michel Temer, que chegou nessa segunda-feira 03/10 a Buenos Aires para visitar o seu colega Mauricio Macri, espera um sinal da Argentina para avançar. É a solução mais moderna para que a Argentina comece a recuperar a capacidade operacional da sua Força Aérea (FAA), uma vez que engloba a incorporação, em um rápido período, de 24 aeronaves Super Tucano, a mesma que os Estados Unidos recentemente adquiriram para usar no Afeganistão.

Os ministros responsáveis pela segurança e defesa do Brasil e da Argentina devem se reunir e o assunto deverá ser inserido na agenda, que está com foco no combate à criminalidade nas fronteiras. A operação envolveria US$ 300 milhões e financiamento estatal via BNDES.

Disponibilidade imediata, financiamento e o relançamento da integração bilateral entre Argentina e Brasil, com um elevado nível de ambição, semelhante ao posto em prática 30 anos atrás pelos presidentes Raúl Alfonsín e José Sarney, quando concordaram com uma cooperação no campo nuclear, que acabou com a desconfiança binacional no início do período pós-ditadura.

Essas são as cartas do presidente Michel Temer para despertar o interesse da Argentina na reformulação da sua vigilância aérea de fronteira, através da incorporação de vinte e quatro A-29 Super Tucano, fabricado pela Embraer.

O acordo, similar ao preço de outras ofertas inferiores que vieram dos Estados Unidos com o T-6 Texan II, da França com o Mirage e de Israel com o Kfir C10, teria um grande valor agregado: A entrada da Argentina no programa de fabricação do Gripen NG no Brasil. O governo argentino já manifestou interesse em aderir a este acordo através da Fábrica Argentina de Aviones (FAdeA).

A Força Aérea Brasileira (FAB), o Ministério da Defesa, chefiado pelo ex-deputado Raul Jungmann, e a Embraer já deram a sua aprovação para a venda, mas agora depende de uma sinalização de interesse por parte do governo argentino.

Nesta segunda-feira, em sua primeira visita à Argentina como chefe de estado do Brasil, Temer vai colocar os seus ministros da Defesa e da Justiça, Raul Jungmann e Alexandre de Moraes, este último também responsável pelo controle das fronteiras através da Polícia Federal, em reunião com os seus pares Julio Martinez e Patricia Bullrich.

Os ministros vão formar um grupo de trabalho para combater o contrabando e crimes transnacionais, e também devem analisar a integração no domínio da defesa e segurança. A vigilância e o controle das fronteiras é uma obsessão dos empresários brasileiros e do governo Temer, que também está buscando integrar nesta tarefa a Bolívia e o Paraguai.

Após a reunião e almoço com Macri, na Quinta de Olivos, Temer parte para Assunção para realizar reuniões com agendas similares com o seu homólogo Horacio Cartes.

Um acordo de integração entre Argentina e Brasil no campo de defesa, com o fornecimento do Super Tucano à FAA, o governo brasileiro acredita que seria um primeiro passo para a construção de um regime comum para o cuidado com a fronteira. Também poderia servir para reativar totalmente a FAdeA, através de um acordo com a Embraer, como uma forma de comercializar o avião de treinamento Pampa, dando nova energia para o bloco do Mercosul e a integração bilateral.

Super Tucano

É usado principalmente pela Força Aérea Brasileira e Colombiana. Em 1 de Março, de 2008, um esquadrão de aviões Super Tucano da Força Aérea Colombiana participou na “Operação Phoenix”, no território equatoriano, quando foi morto Raul Reyes, das FARC-EP. Aparentemente, nesta missão o Super Tucano teria utilizado bombas Griffin LGB e foguetes de 70 mm. Em 22 de setembro de 2010, novamente um esquadrão de aviões Super Tucano da Força Aérea Colombiana participou da “Operação Sodoma”, onde foi morto Víctor Julio Suárez Rojas, conhecido como “El Mono Jojoy”, líder das FARC.

O Projeto ALX foi então criado pela Força Aérea Brasileira, que também tinha a necessidade de um avião de treinamento militar, com alta manobrabilidade, fácil manuseio e um bom desempenho em voo de média e baixa altitude, para substituir o Xavante. O projeto da nova aeronave era adequado para a região amazônica, por suportar altas temperaturas e umidade. Concebido como um avião de asas em linha reta, com um motor turboélice, possui longo alcance e autonomia de voo. Tem capacidade de transportar três tanques de combustível externos, 1 sob a fuselagem central e 2 sob as asas, podendo operar em qualquer tempo, durante o dia ou a noite e capaz de pousar em pistas curtas que carecem de grandes infra-estruturas, aeroportos comerciais, pistas de segundo nível, rodovias e até estradas de terra.

FONTE: urgente24

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