China inaugura sua quinta estação de pesquisa na Antártica

A China inaugurou nessa quarta-feira (7) na Antártica, a quinta estação de pesquisa do país no continente branco, a Estação Qinling, com a finalidade de melhorar a compreensão científica da sobre a Antártida.

Porém, alguns meios de comunicação ocidentais e agências de inteligência expressaram preocupações, alegando que a estação está localizada em uma posição estratégica para colher informações de inteligência da Austrália e da Nova Zelândia.

Além de monitorar a atividade espacial, as agências de inteligência expressaram preocupações de que a China possa realizar atividades militares, marítimas, de vigilância e rastreio de pesca, entre outras atividades a partir da sua base antártica.

Em resposta as alegações, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, disse que a China sempre realizou as suas atividades de acordo com as disposições do Tratado da Antártica. A construção da estação cumpre integralmente as regras e procedimentos internacionais e contribuirá para melhorar a compreensão humana da Antártica.

A Estação Qinling pode acomodar 80 pessoas no verão e 30 no inverno, de acordo com o Instituto de Pesquisa Polar da China, responsável pela sua construção. A instalação de pesquisa preenche a lacuna na pesquisa da China na região do Mar de Ross, na Antártica, sendo a terceira estação permanente de pesquisa, ela desempenhará um papel importante na pesquisa chinesa sobre o continente, aproveitando a vantagem geográfica do lago interglacial, próximo à Baía de Terra Nova, e do laboratório marinho da estação para se concentrar na observação e pesquisa oceanográfica, bem como na ciência atmosférica, glaciologia, geologia e física espacial.

O projeto da nova estação leva em consideração a operação logística, observação científica, cooperação internacional, proteção ambiental e outros fatores, formando um modelo centrado na estação de pesquisa, cujo alcance de inspeção pode atingir de 300 a 500 quilômetros.

A estrutura principal da nova estação foi construída em estrutura de aço, enquanto que a estrutura de proteção externa utiliza unidades de parede cortina pré-fabricadas e a instalação possui múltiplas unidades para escritórios, pesquisa científica, acomodações e outros fins.

A nova estação faz uso de tecnologias inteligentes, adotando o gerenciamento de dados e sincronização remota com base em sistemas de comunicação via satélite, possuindo sistemas inteligentes de operação e manutenção, como detecção automática e resposta a emergências, sistemas de rede privada, comunicação inteligente e aquisição de dados, de modo a realizar pesquisas científicas inteligentes.

O laboratório marinho da nova estação, que atinge padrões internacionais, pode realizar observação e monitoramento contínuo de longo prazo do lago interglacial da Baía Terra Nova, realizar monitoramento on-line e transmissão de dados do ambiente marinho, bem como pré-tratamento e análise de amostras de experimentos. Além disso, a nova estação adota um sistema de gestão de microrredes energéticas que combinam energias renováveis ​​e energias tradicionais, dando prioridade às energias limpas, como a eólica e a solar. As novas energias, como a eólica e a solar, representam mais de 60% da energia consumida pela estação. Além disso, ela emprega tecnologias avançadas, como monitoramento de microrredes e plataformas de gerenciamento de energia, para tornar a operação mais verde e ecologicamente correta.

As três estações permanentes da China
na Antártica, Changcheng, Zhongshan e Qinling, correspondem aos setores do Oceano Atlântico, Índico e Pacífico, respectivamente. A Estação Qinling preencherá a lacuna na observação de longo prazo da China no Pacífico, respondendo melhor às questões científicas, tais como como as relativas às mudanças climáticas, ao gelo e à neve.

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