O Reino Unido precisa de dois porta-aviões para ser um “global player”

A construção do Queen Elizabeth continua a todo o vapor

O Reino Unido precisa de dois porta-aviões se quiser ter um papel militar global, segundo afirmou um assessor parlamentar do Ministério do Exterior inglês (Foreign Office).

A proposta de redução de custos do governo para se desfazer ou vender um dos dois porta-aviões sendo construídos seria um mau uso do dinheiro público, disse Tobias Ellwood MP em um relatório de um think tank militar.

Tentar contar com um único porta-aviões também prejudicaria a capacidade do Reino Unido para lidar com crises internacionais.

O Sr. Ellwood disse: “O Reino Unido ou tem a capacidade de operar porta-aviões propriamente ou não precisa deles. “

“Se isso acontecer, então, no mínimo, dois são necessários a fim de ter um permanentemente disponível.”

Operar dois porta-aviões iria cimentar a posição do Reino Unido como “um global player como uma potência militar de primeira ordem”, disse ele .

O Governo ainda não decidiu o destino dos dois porta-aviões de 65.000 toneladas da Classe Queen Elizabeth sendo construídos, mas a revisão da defesa de 2010 propôs a venda de um ou mantê-lo desativado para economizar dinheiro.

O Sr. Ellwood, em um relatório para o Royal United Services Institute, disse: “Um porta-aviões de £ 3 bilhões esperando em ‘animação suspensa’ para ser ativado em Portsmouth tem conseqüências políticas, assim como a venda de um navio como esses é uma perda.”

“Nenhuma dessas opções são um uso racional do dinheiro dos contribuintes. De fato, a idéia de vender um navio como esse deve ser totalmente desconsiderada.”

Ele disse que a falta de porta-aviões britânicos durante a campanha de 2011 na Líbia significou que Tornados da RAF e Typhoons foram forçados a voar a 3.000 milhas de ida e volta a partir do Reino Unido para atingir as forças de Kadafi.

Mesmo quando uma base tornou-se disponível na Itália, os ataques aéreos ainda eram quatro vezes mais caro do que se tivessem sido lançados de um porta-aviões no Mediterrâneo.

O Sr. Ellwood, um ex- oficial do Exército, disse: “A agilidade e independência de um porta-aviões significa que é provável que seja sempre um dos primeiros meios a ser deslocados para qualquer hotspot ao redor do mundo.”

Ele disse que em média um porta-aviões só estaria disponível em torno de 200 dias por ano, por causa do trabalho de manutenção.

Na semana passada, acessores na Comissão de Contas Públicas advertiram que o programa de porta-aviões está enfrentando novos aumentos de custo.

O projeto continuou a ser de “alto risco” porque os problemas técnicos não tinha sido resolvidos e havia possibilidade de “crescimento descontrolado de custos” na conta final do projeto.

O comitê também disse que a decisão de mudar o tipo de aviões para voar a partir dos porta-aviões tinha disperdiçado dezenas de milhões de libras.

O Ministério da Defesa tinha inicialmente optado pela versão “B” do F-35 (de decolagem curta e pouso vertical), depois passou para a variante “F-35C” de operação em porta-aviões convencional, apenas para voltar aos jatos “F-35B” no ano passado , quando os custos dispararam.

Philip Hammond, secretário da Defesa , disse que nenhuma decisão deve ser tomada sobre o que fazer com os dois porta-aviões até o 2015 durante a revisão estratégica de segurança e defesa.

Mas o dinheiro economizado pela decisão de operar o F-35B  significava que havia a possibilidade de ter dois porta-aviões operacionais.

Ele disse : ” É claro que há implicações em termos de custo ao termos dois porta-aviões disponíveis ao invés de um, mas vamos pesar cuidadosamente os benefícios dessa decisão e os seus custos durante a revisão.”

Impressão artística do Queen Elizabeth

FONTE: Telegraph.co.uk

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval

Sair da versão mobile