Por Barbara Starr e Ryan Browne – CNN
Washington – Um marinheiro que testou positivo para o Covid-19 no USS Theodore Roosevelt morreu de coronavírus , informou a Marinha dos EUA na segunda-feira.
A Marinha não divulgou o nome do marinheiro, que foi internado na unidade de terapia intensiva de um hospital da Marinha dos EUA na quinta-feira. A CNN relatou anteriormente que um marinheiro do USS Theodore Roosevelt, que testou positivo para o vírus em 30 de março, foi considerado indiferente e colocado na unidade de terapia intensiva durante um exame médico diário.
A Marinha disse que os marinheiros que o acharam sem resposta tentaram administrar a RCP antes de serem transferidos para a unidade de terapia intensiva. Além disso, um oficial de defesa dos EUA disse à CNN que quatro marinheiros do navio foram transferidos para o hospital.
“No fim de semana, outros quatro marinheiros de Theodore Roosevelt foram admitidos no hospital para monitoramento. Todos estão em condições estáveis, nenhum em UTI ou em ventiladores”, disse o oficial. Quase 600 marinheiros no Roosevelt deram positivo para o Covid-19, informou a Marinha dos EUA em comunicado, acrescentando que 92% dos tripulantes do Roosevelt foram testados para o vírus.
O impacto da pandemia de coronavírus no Roosevelt estava no centro de uma controvérsia que levou à renúncia na semana passada do secretário da Marinha em exercício Thomas Modly, que havia demitido o capitão do porta-aviões Brett Crozier após o vazamento de um memorando em que ele implorava à Marinha, para evacuar urgentemente o navio para proteger a saúde de seus marinheiros. Crozier também sinalizou suas preocupações com os desafios de tentar conter o vírus a bordo do navio e solicitou que os marinheiros pudessem ficar em quarentena em terra.
“Não estamos em guerra. Os marinheiros não precisam morrer. Se não agirmos agora, estamos falhando em cuidar adequadamente de nosso bem mais confiável: nossos marinheiros”, escreveu ele no memorando que três oficiais de defesa dos EUA confirmaram à Reuters.
Mais de 4.000 marinheiros foram retirados da transportadora
Mais de 4.000 marinheiros foram evacuados e levaram para terra em Guam. Marinheiros que testaram negativo para o coronavírus estão sendo alojados isoladamente em hotéis da região. A Marinha diz que é necessário manter cerca de 1.000 marinheiros a bordo do navio para desempenhar funções importantes, como a operação dos reatores nucleares do navio. As circunstâncias que levaram ao aviso de Crozier e a propagação do vírus a bordo do transportador estão sujeitas a uma investigação em andamento pela Marinha.
O principal almirante da Marinha, o chefe de operações navais, Mike Gilday, está atualmente analisando a investigação e recentemente se recusou a descartar qualquer resultado, incluindo uma possível reintegração de Crozier.
O vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, general John Hyten, disse a repórteres na quinta-feira que os militares dos EUA precisam planejar surtos semelhantes no futuro, enquanto o Departamento de Defesa trabalha para lidar com os impactos do vírus.
“Acho que não é uma boa idéia pensar que o Teddy Roosevelt é um problema único. Temos muitos navios no mar, temos muitas capacidades implantadas. Há 5.000 marinheiros em um porta-aviões movido a energia nuclear. Pensar que isso nunca acontecerá novamente não é uma boa maneira de planejar. O que precisamos fazer é descobrir como planejar nesse tipo de ambiente Covid “, afirmou Hyten.
Aproximadamente 3.000 funcionários dos EUA testaram positivo para coronavírus, dois deles morreram.
Chandelis Duster, da CNN, contribuiu para este relatório.