Operação COVID-19 já envolve mais militares brasileiros que a 2ª Guerra Mundial




Brasília (DF), 25/04/2020 – Em 20 de março, o Ministério da Defesa ativou o Centro de Operações Conjuntas para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas nas ações de combate à doença causada pelo novo Coronavírus. A iniciativa faz parte do esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia e recebeu o nome de Operação COVID-19, envolvendo, até o momento, mais de 29 mil militares. O número é comparável, por exemplo, a um outro momento histórico das Forças Armadas do Brasil: a Segunda Guerra Mundial.

No conflito bélico travado entre 1939 e 1945, o Brasil foi envolvido após episódios de ataques de submarinos alemães e italianos a embarcações nacionais ao longo da costa brasileira no Oceano Atlântico. Além de missões em seus território e litoral, o país ainda enviou militares ao Teatro de Operações Europeu, tendo a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) participado de batalhas ao lado dos países Aliados na Itália. Ao todo, mais de 25 mil brasileiros combateram na Segunda Guerra, no Brasil ou na Europa, e nas fileiras da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da FAB.

Já na Operação COVID-19, o número exato de militares empenhados em ações de combate à pandemia já chega a 29.286. Além do pessoal, as Forças Armadas também já envolveram 1.022 viaturas, 102 embarcações e 27 aeronaves.

O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, destacou o emprego das Forças Armadas no enfrentamento à COVID-19 desde o resgate dos brasileiros em Wuhan, na China, com a Operação Regresso à Pátria Amada Brasil. “Trata-se de uma guerra e as Forças Armadas estão nela. Desde aquele momento, o Ministério da Defesa, com outros ministérios, tem atuado com muita força, por determinação do presidente”, disse em evento no Rio de Janeiro (RJ), na última quinta-feira (16).

Presente nas duas batalhas

Em 14 de abril, o Tenente Ermando Piveta, aos 99 anos, recebeu alta e foi liberado do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília (DF), após testar positivo e superar a doença causada pelo novo Coronavírus. Até o momento, ele é o mais velho brasileiro a sobreviver à COVID-19, mas essa não foi sua primeira batalha travada. O Tenente Piveta integrou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que representou o Brasil na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

O Capitão de Fragata Hemerson Cruz, que acompanhou o paciente, comentou sobre a sua recuperação. “Todo o prognóstico já era potencialmente grave em virtude da sua idade, mas, surpreendentemente, evoluiu com a melhora do quadro e recuperação. Casos assim nos dão ânimo para seguir nessa luta”, enfatizou.

Operação COVID-19

O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à COVID-19. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia que recebeu o nome de Operação COVID-19.

As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas poderão ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determinará a melhor forma de atendimento.

Para conhecer mais sobre as ações, acesse o hotsite da Operação COVID-19.

Por Tenente Felipe Bueno

Fotos: Raphael Max, Comando Conjunto Nordeste, Sargento Damião e Arquivo FAB

FONTE: Ascom

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