Embraer/Boeing: ‘Capacidade produtiva é inferior à demanda’, diz Boeing ao MPT

Informação de representantes da Boeing ao Ministério Público do Trabalho de São José dos Campos mostra que empresa americana está de olho na mão de obra da Embraer, com quem negociação um acordo comercial

Além de entrar no mercado de aeronaves de médio e pequeno porte, de até 130 assentos, hoje dominado pela Embraer, a parceria com a fabricante brasileira torna-se estratégica para a Boeing em razão da mão de obra especializada da companhia de São José dos Campos.

O motivo é que a Boeing está no limite da capacidade produtiva e não consegue atender toda a demanda do seu próprio mercado, de aviões acima de 150 assentos.

Em audiência no Ministério Público do Trabalho de São José dos Campos, que pede manutenção do emprego no Brasil após o acordo entre as duas fabricantes, a Boeing confirmou que vive o drama de não conseguir atender toda a sua demanda comercial.

Os representantes da companhia americana –Tiago Palacios Corazolla e o advogado Luis Antonio Ferraz Mendes– disseram ao MPT que a capacidade produtiva da Boeing, atualmente, é “muito inferior a sua demanda”, o que gera um “histórico de pedidos não atendidos bastante significativo”.

A empresa norte-americana tem uma geração de engenheiros que deve se aposentar em cinco anos, segundo agências internacionais. Com a Embraer ocorre o oposto. A empresa é conhecida por ter um corpo técnico mais jovem, com cerca de 4.000 engenheiros.

Boeing e Embraer negociam combinação de suas áreas de aviação comercial em uma joint venture que deve ser controlada pela Boeing. Procurada, a empresa americana não comentou as declarações de seus representantes.

FONTE: O Vale
FOTO: Ilustrativa

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