Gripen e Saab podem impactar o negócio entre Embraer e Boeing

A eventual parceria entre Embraer e Boeing esbarra em um conflito de interesses difícil de ser compreendido e que divide especialistas.

O motivo é a parceria já consolidada entre a Embraer e a empresa sueca Saab, que venceu a concorrência do programa FX-2 para fornecer caças supersônicos Gripen ao governo brasileiro.

Na disputa, os suecos venceram o caça F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault. Ou seja, Boeing e Saab são concorrentes no mercado internacional e isso poderia inviabilizar uma parceria entre a Embraer e a empresa americana.

“A Suécia concordará em passar um segredo tecnológico para uma empresa que estará coligada a uma concorrente direta dela nesta área”, questionou Celso Amorim, ex-ministro da Defesa, em artigo ao portal GGN.

“A Embraer, como ela é hoje, ainda possui algumas lacunas a serem preenchidas. Para algumas destas lacunas o acordo com a Suécia irá ajudar. Como a Boeing é o principal concorrente deles nos caças, não sei se uma coisa afetará a outra”, completou.

Para Ciro Bondesan, que foi o nono engenheiro a fazer parte da Embraer e acumula 53 anos de experiência no setor aeronáutico, as três empresas podem se beneficiar da negociação. “Creio que haverá troca de interesses. A Boeing pode querer pegar itens da Saab, e vice-versa”.

FONTE: Jornal O Vale

Sair da versão mobile