Marinha do Brasil incorpora o Navio Hidroceanográfico Fluvial ‘Rio Branco’

NHOFLU RIO BRANCO (H 10)

No dia 17 de dezembro, às 10h, no Cais da Indústria Naval do Ceará (INACE), em Fortaleza (CE), ocorrerá o Batismo, Mostra de Armamento e Transferência para o Setor Operativo do Navio Hidroceanográfico Fluvial (NHoFlu) Rio Branco (H 10). Em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante-de-Esquadra Wilson Barbosa Guerra, o evento representa a incorporação do navio à Armada da Marinha do Brasil (MB) e, de acordo com a tradição naval, o batismo por uma madrinha traz sorte à embarcação.

Com cerca de 70% de conteúdo nacional, o NHoFlu Rio Branco teve seu projeto de concepção realizado pelo Centro de Projetos de Navios, tendo sido posteriormente detalhado pelo estaleiro INACE, contratado, após ter sido selecionado em processo licitatório. Tal comprometimento com a construção do NHoFlu pelo estaleiro demandou um incremento em sua capacidade tecnológica na construção de navios militares e de pesquisa, gerando empregos e contribuindo para o fortalecimento da indústria naval. Destacam-se os aprimoramentos introduzidos nas linhas de casco, que possibilitaram a redução do custo de posse do navio, moderno Sistema de Controle e Monitoramento (SCM) e a incorporação tecnológica do sistema de sanitários a vácuo e de uma Unidade de Tratamento de Águas Servidas (UTAS), que incorporam importantes conceitos de sustentabilidade, em atendimento aos Diplomas Ambientais vigentes.

O Navio possui as seguintes características:

– Comprimento Total 47,34 m

– Comprimento Entre Perpendiculares 44,40 m

– Boca Máxima 8,45 m

– Pontal 3,55 m

– Deslocamento Leve 352,9 t

– Deslocamento Carregado 610,6 t

– Calado Leve 1,25 m

– Calado Carregado 1,97 m

– Tripulação: 06 Oficiais, 08 SO/SG e 22 CB/MN

– Principais Compartimentos (relacionados com a atividade fim):
Laboratório Seco;
Laboratório Úmido;
Paiol de Amostras; e
Paiol de Hidrografia.

O NHoFlu Rio Branco recebe o nome em homenagem ao rio homônimo, que nasce no estado de Roraima, e tem sua foz no Rio Negro, e ao Barão do Rio Branco, que foi um grande diplomata e solucionou alguns de nossos conflitos de fronteiras, sendo considerado o patrono da Diplomacia Brasileira.

O Navio será empregado na coleta de dados hidroceanográficos e em atividades inerentes à segurança da navegação. Adicionalmente poderá ser empregado na formação e adestramento de pessoal, nas ações de presença em função de necessidades da política externa brasileira, na coleta de dados ambientais em apoio ao planejamento e à execução de operações ribeirinhas e em missões de esclarecimento. Também poderá realizar, de maneira limitada, socorro e obtenção de informações operacionais, em apoio aos órgãos governamentais, na Defesa Civil, nas Ações Cívico-Sociais e na preservação do meio ambiente, bem como prover apoio logístico restrito aos Avisos Hidroceanográficos Fluviais (AvHoFlu), durante a realização de campanhas hidroceanográficas.

A obtenção do Navio está inserida no Projeto de Cartografia da Amazônia, realizado em parceria com o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e o Serviço Geológico do Brasil, sob coordenação do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), órgão subordinado ao Ministério da Defesa e responsável pelo repasse dos recursos financeiros. Coube à Marinha do Brasil (MB), por meio da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), coordenar o Subprojeto de Cartografia Náutica, de modo a apresentar, como produto final dos trabalhos, cartas náuticas da Bacia Amazônica atualizadas na escala de 1:100.000.

A MB apresentou a necessidade de novos meios navais para execução dos levantamentos hidrográficos, sendo contemplada com recursos para a obtenção por construção de quatro Avisos Hidroceanográficos Fluviais (AvHoFlu) e um Navio Hidroceanográfico Fluvial (NHoFlu).

FONTE: DGMM

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