Assinatura do Artemis coloca o Brasil no rol de países para a volta da humanidade à Lua

A Agência Espacial Brasileira (AEB) participou de cerimônia realizada no dia 15 de junho, no Palácio do Planalto, para assinatura do “Artemis Accords”, instrumento vinculado ao “Programa Lunar NASA Artemis”. No acordo, o Brasil reitera seu compromisso em participar de um seleto grupo de países que se unem para seguir princípios, diretrizes e boas práticas para a cooperação internacional na exploração do espaço. O programa da Agência Espacial Americana (NASA) pretende levar a primeira mulher e o próximo homem à superfície lunar em 2024 enquanto desenvolve as tecnologias e experiência para organizar uma missão humana para Marte. “O Artemis retorna às missões tripuladas para a Lua. Hoje, o Brasil integra-se a esse esforço”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes.

“Nós estamos vivendo talvez, nestes últimos dois anos, o maior ponto de inflexão do Programa Espacial Brasileiro. Este é um esforço da humanidade para alcançar o espaço profundo, um esforço que o Brasil não podia ficar fora de jeito nenhum”, continuou o ministro, que delineou cinco áreas que o país tem trabalhado para aprimorar: a parte de infraestrutura de lançamento com o Centro Espacial de Alcântara, pesquisa, satélite e cargas úteis, foguetes, aplicações do espaço e a modernização de toda a legislação. “Estamos trabalhando para modernizar nosso Programa Espacial Brasileiro para que ele fique preparado para grandes desafios, como o acordo Artemis”, continuou.

Entre os principais termos do acordo, estão os fins pacíficos, a transparência, a interoperabilidade de sistemas, a divulgação de dados científicos e a preservação de patrimônio, condições que podem gerar grandes oportunidades.

“Estes acordos internacionais nos permitem a cooperação de dados e o desenvolvimento. Nós temos cientistas extremamente bem capacitados para ajudar em soluções, não só para o Brasil como para outros países”, finalizou o ministro.

O presidente da República Jair Bolsonaro reafirmou a importância do Artemis em seu discurso: “O Brasil tem um potencial enorme e vai mostrar seu valor nesse grande acordo. Nosso grande objetivo é estimular o nosso jovem a se interessar e ver que seu potencial é enorme. O brasileiro tem características inimagináveis e podemos atingir nossos objetivos. Isso demonstra que temos um reconhecimento do mundo todo”.

O Brasil é o único país da América Latina a participar do Artemis. Ao todo, 12 países estão na lista (Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Estados Unidos, Ucrânia, Coréia do Sul, Nova Zelândia e Brasil).

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ressaltou a importância do Artemis em declaração em vídeo exibida durante a cerimônia. “A missão Artemis será a primeira a levar uma mulher e a primeira pessoa negra para a Lua. Junto com seus parceiros internacionais, vai estabelecer a exploração sustentável do sistema solar”, disse.

“Mesmo que o programa Artemis seja liderado pela NASA, vai ser uma verdadeira empreitada internacional. E o Brasil será uma parte importante. Os acordos Artemis foram feitos para ser inclusivos. Deixe-me dizer como estou feliz de receber o Brasil no acordo. Vocês se juntam aos nossos parceiros espalhados por todo o globo, todos trabalhando para avançar a cooperação internacional para fins pacíficos e responsáveis da exploração espacial. Esperamos que outras nações sigam o seu exemplo e assinem seus próprios acordos com o Artemis”, finalizou.

O administrador da NASA, Bill Nelson, e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos (EUA), Nestor Forster, participaram de forma virtual, encaminhando suas mensagens sobre a importância da parceria entre o Brasil e os Estados Unidos. Juntamente com a AEB e o MCTI, a Embaixada do Brasil em Washington e o Ministério das Relações Exteriores tiveram papel fundamental nas negociações deste acordo junto ao governo norte-americano, fortalecendo os laços de amizade e cooperação que unem os dois países há muitos anos.

Também estiveram presentes no evento o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, o ministro da Casa Civil, general Luis Fernando Ramos, o deputado federal Ricardo Barros, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, e o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Clezio De Nardin.

FONTE: AEB

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