Conferência discute soluções para problemas nas fronteiras amazônicas

Gen Furlan (Cmt Militar da Amazônia) fala durante a conferência (Foto: US Army South)

MANAUS, Amazonas – O Exército Brasileiro recebeu líderes militares do Exército Sul dos EUA, da Colômbia, Equador e Peru e do SENAFRONT panamenho, na 2ª Conferência Multilateral de Fronteiras em Manaus, estado do Amazonas, realizada de 27 a 29 de setembro. O foco da conferência foi melhorar a cooperação entre os participantes e desenvolver soluções para problemas regionais de fronteira.

A conferência permitiu compartilhar boas práticas e lições aprendidas no trato dos temas relacionados à proteção de fronteiras, observando as individualidades das políticas de defesa de cada país e identificando oportunidades de intercâmbios que melhorem a compreensão dos desafios e ameaças da região fronteiriça.

“A conferência permitiu que os líderes dos exércitos participantes fortalecessem os vínculos de cooperação e amizade no nível de líder sênior e trocassem as melhores práticas e lições aprendidas entre os exércitos participantes”, disse o tenente-coronel Daniel Lacaria, organizador da Cooperação para a Segurança do Teatro, do Exército Sul. “Também melhorou o entendimento mútuo dos participantes sobre os pontos fortes de cada um e as principais ameaças nas regiões de fronteira, a fim de fortalecer a colaboração no enfrentamento de ameaças transnacionais”.

O Gen.Paulo Sérgio, Comandante do Exército Brasileiro, deu as boas-vindas à delegação composta por mais de 15 oficiais generais, incluindo o General William Thigpen, Comandante Geral do Exército Sul, e compartilhou as melhores práticas e lições aprendidas no enfrentamento de ameaças em regiões de fronteira. O Gen Paulo Sérgio disse que os exércitos trabalham juntos para buscar soluções comuns para problemas comuns e buscar oportunidades de intercâmbio de treinamentos entre as nações participantes.

Esta foi a segunda vez que o Exército do Sul participou da conferência de fronteira, com o último evento sendo realizado na Colômbia em 2019.

Servindo como Vice-Comandante Geral de Interoperabilidade do Exército Sul, o General Hernando Garzón viu a conferência como um evento importante para o Exército Sul entender as relações regionais entre o Brasil e outras nações parceiras. “O Brasil, por seu tamanho geográfico, faz fronteira com dez países sul-americanos”, disse Garzón, que é designado para o Exército Sul pelo Exército da Colômbia. “Sem dúvida, a compreensão do ambiente operacional começa com a compreensão do que acontece na América do Sul.”

A delegação recebeu um briefing operacional sobre as capacidades e desafios do Comando Militar da Amazônia do Brasil e deu uma visão geral do ambiente operacional da região amazônica.

Durante a conferência, os participantes concordaram que a proteção da Amazônia é um objetivo vital e de interesse para o Brasil, Colômbia e outros países amazônicos, no entanto, sua geografia e pequena população constituem um grande desafio.

O reconhecimento da densa topografia nas áreas de fronteira torna mais difícil detectar problemas de segurança, como ameaças transnacionais, narcotráfico, mineração ilegal, imigração ilegal e outros crimes transnacionais.

Garzón mencionou que o controle da fronteira colombiano-brasileira é de vital importância para as duas nações e para a Amazônia, um ecossistema de importância global. “A cooperação entre os nossos dois países já existe há muito tempo, mas foi fortalecida entre os dois exércitos com esta conferência”, afirmou.

Na conclusão da conferência, todos os líderes concordaram em continuar fortalecendo a cooperação e coordenação transfronteiriça com as forças brasileiras. “O fortalecimento da cooperação e construção de medidas de confiança é um fator chave para alcançar os objetivos de segurança hemisférica, consequentemente, a segurança da fronteira amazônica constitui um desafio e um objetivo comum para todos os estados vizinhos. Os participantes partilharam com franqueza, os problemas existentes, bem como as medidas de sucesso implementadas em cada país”, concluiu o Gen Garzón.

FONTE: US Army South

Sair da versão mobile