Exercício VIKING 22 e a participação integrada do CCOPAB e da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Operações de Paz

Por Cel R1 Márcio Carneiro Barbosa

No período de 28 de março a 7 de abril de 2022, será realizada a nona edição do Exercício VIKING, uma plataforma de treinamento projetada para preparar militares, policiais e civis, e copresidido pelas Forças Armadas da Suécia e pela Academia Folke Bernadotte. A atividade é baseada em uma abordagem de amplo espectro, com foco na cooperação entre relevantes atores em Operações de Paz e Gerenciamento de Crise Internacional no contexto de um exercício multidimensional, multifuncional e multinacional.

Considerado o maior no mundo em seu gênero, o Exercício VIKING é concebido com o objetivo de capacitar os componentes (militares, policiais e civis) no planejamento e na condução de uma operação de manutenção de paz sob o Capítulo VII da Carta das Nações Unidas e de operações em um contexto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

De forma inédita na América Latina, no período de 16 a 26 de abril de 2018, a oitava edição também ocorreu no Brasil, quando o Exército Brasileiro participou do exercício (sítio remoto) simultaneamente com o país sede (Suécia) e mais quatro países europeus (Finlândia, Irlanda, Sérvia e Bulgária). Na ocasião, coube ao Comando de Operações Terrestres (COTER) conduzir, no Quartel-General do Comando Militar do Planalto e no Quartel-General do Exército, a VIKING 18 (sítio Brasil).

Para se ter uma ideia da complexidade e do alcance do exercício, em 2018, nos seis países-sede, aproximadamente 2.500 pessoas oriundas de 50 nacionalidades participaram dele. Destaca-se que o Brasil teve atuação diferenciada na VIKING 18, quando dois oficiais-generais do Exército Brasileiro exerceram papéis de grande relevância: o General de Brigada Francisco Humberto Montenegro Júnior desempenhou a função de “Force Commander” (sítio Suécia), e o General de Brigada José Ricardo Vendramin Nunes foi o Comandante do Setor Brasileiro (sítio Brasil).

O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) – Centro Sergio Vieira de Mello – estabelecimento de ensino do Exército Brasileiro, subordinado à Diretoria de Educação Técnica Militar, participou do evento com uma equipe composta por instrutores e monitores (militares das Forças Armadas, das nações amigas e policiais militares), prestando assessoria doutrinária e compondo as células de incidentes, de avaliação e de lições aprendidas.

Para a nona edição (VIKING 22), destaca-se que o Brasil participará pela segunda vez do exercício (sítio remoto/Brasília) tendo novamente nas funções de “Force Commander” (sítio Suécia) e de Comandante do Setor Brasileiro (sítio Brasil) oficiais-generais do

Exército Brasileiro

Em 2022, sob a coordenação do COTER, o CCOPAB contribuirá com seu corpo docente mobiliando a Direção do Exercício (DIREX) para os componentes militar e policial e, de forma pioneira, a Rede Brasileira de Pesquisa sobre Operações de Paz (REBRAPAZ) participará da VIKING 22 na DIREX para o componente civil.

Assim, desde novembro de 2021, instrutores do Centro Sergio Vieira de Mello e integrantes da REBRAPAZ vêm participando de reuniões de coordenação e planejamento com a Divisão de Missões de Paz do COTER. Em outras ocasiões, um instrutor do CCOPAB participou de workshop na Suécia com os demais integrantes da DIREX/VIKING 22 (Estados Unidos, Finlândia, Noruega, ONU e Ucrânia) com o objetivo de definir a “linha do tempo” e os problemas simulados (Main Event List & Main Incident List).

Por fim, pela importância e relevância do Exercício VIKING no contexto das Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas, a participação do Brasil demonstra, mais uma vez, o protagonismo exercido pelo País no cenário internacional, projetando a imagem do Exército Brasileiro na competência da organização de tão complexa atividade.

Simultaneamente, dentro da esfera de suas atribuições, a VIKING 22 ratificará, também, a excelência dos quadros do CCOPAB e da REBRAPAZ na condução e avaliação de problemas simulados em um ambiente multidimensional, multifuncional e multinacional.

FONTE: EBlog

Sair da versão mobile