Exército usa sensores para monitorar conversas em área de conflito em MS

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A tecnologia do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) ajuda o Exército na vigilância na região de conflito por terras entre fazendeiros e indígenas em Antônio João, a 203 km de Campo Grande. Desde o início de setembro, homens da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados foram deslocados para a operação em quatro municípios no sul do estado que fazem fronteira com o Paraguai. A missão é evitar novos conflitos entre índios e fazendeiros.

A presença do Exército na região desde o dia 1º de setembro faz parte da Garantia da Lei e da Ordem, que foi autorizada pelo Governo Federal para ter duração de 30 dias.

O prazo foi prorrogado e determina que as tropas permaneçam na região por mais 30 dias.

Em agosto, três propriedades estão ocupadas por indígenas. Os militares fazem sobrevoos e usam um radar para monitorar a movimentação na região. As barreiras foram montadas em pontos estratégicos nas rodovias, entre as áreas ocupadas. Eles também controlam a entrada de pessoas nas propriedades. Tudo é acompanhado a 150 km de distância, em Dourados, conforme o general Ruy Matsuda.

Diariamente o grupo em Dourados se reúne para monitorar a situação das áreas ocupadas. Os equipamentos de última tecnologia fazem parte do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). O comandante da operação em Antônio João passa novas informações a todo momento.

Os militares também acompanham em tempo real tudo o que está acontecendo por meio de sensores que foram instalados na região. Um deles mostra quando a área vermelha é invadida. Os homens são acionados e as câmeras identificam rapidamente o veículo ou a pessoa que está na área. Outro sensor é capaz de capturar conversas para saber se há previsão de conflito.

“São equipamentos de alta densidade tecnológica que ajudam a nós a prever o que vai acontecer, a monitar toda a situação na região e com isso podemos antecipar as decisões e essa antecipação faz com que a gente evite determinados confrontos e possa trazer tranquilidade para os contendores na área”, explicou o general da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados, Ruy Matsuda.

As tropas armadas estão em Antônio João desde o dia 1º de setembro, após determinação do Governo Federal a pedido do governo de Mato Grosso do Sul. O prazo para terminaria nesta quinta-feira (1º), mas foi prorrogado por mais 30 dias, já que as três fazendas continuam ocupadas e a chance de novo conflito preocupa.

Segundo o general, a situação foi tranquila nas áreas ocupadas no mês de setembro e a intenção é garantir a ordem até que o impasse da reintegração de posse seja resolvido. Há 20 anos que essa região sofre com disputas de terras entre fazendeiros e indígenas. Os produtores cobram providências do governo federal, já que têm documentos que comprovam a posse.

FONTE: G1 – TV Morena MS

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