A saga da compra pela Polônia de helicópteros franceses continua, novo capítulo

Laurent Lagneau no artigo “Caracal: Varsovie négocie toujours avec Airbus Helicopters discute aussi avec la concurrence”, publicado no portal francês “opex360.com” relata que, em Abril de 2015, o governo de centro-direita polanês, liderado por Eva Kopacz, anunciou a escolha do sistema de defesa antiaéreo Patriot e helicópteros Airbus H225M “Caracal” no âmbito da modernização das forças armadas polonesas, decisão que o partido de oposição “Lei e Justiça” (“PiS”), criticou fortemente.

Uma vez no poder, os conservadores começaram a rever as decisões de seus antecessores. A este respeito, como ficou conhecido na semana passada, Varsóvia negocia com a empresa Lockheed Martin sobre a compra dos sistemas MEADS, que foi excluído do concurso oficial, que eventualmente deixaram na shortlist os sistemas Patriot, da Raytheon, e SAMP/T do consórcio Eurosam (associação entre Thales e MBDA). Agora há a notícia que a oferta do Patriot foi considerada incompatível com os termos do concurso, devido ao nível baixo de transferência de tecnologia e baixo nível de carga da indústria polonesa.

No que diz respeito aos helicópteros, o partido vencedor se opôs ao valor das compras: A pergunta era se deveriam adquirir 50 helicópteros H225M Caracal no montante de 3 bilhões de euros. O “PiS” nunca escondeu sua simpatia com os concorrentes da empresa Airbus Helicopters, que têm fábricas próprias de montagem na Polônia.

Assim, a empresa Sikorsky Aircraft, recentemente absorvida pela Lockheed Martin, tem uma linha de seus helicópteros S-70i (Black Hawk Interanational) com a empresa polaca PZL Mielec. O mesmo se aplica no que diz respeito à AgustaWestland , que utiliza as instalações da empresa PZL Swidnik para montar o novo helicóptero AW149. Portanto, a Airbus Helicopters estão sob forte pressão, embora a empresa já tenha aberto uma fábrica de montagem em Łódź e tenha prometido nacionalizar a produção do Caracal para as forças armadas polonesas, e exportações.

Desde novembro de 2015, o governo polonês vinha atrasando a implementação do projeto em questão. Em Varsóvia acreditávamos que as negociações com a Airbus Helicopters estivessem concluídas. Mas logo em seguida, foi relatado que eles continuavam. Em seguida, foi dito que o pedido seria reduzido. Agora, em fevereiro de 2016 o ministro da Defesa polonês Anthony Matsirevich recebeu esclarecimentos do seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, que disse que ele era contra a revisão do contrato para a compra dos Caracal. Em 26 de fevereiro Matsirevich disse que o “Caracal pode contribuir para a modernização da aviação polonesa”.

Ele também explicou que “continuamos a negociar a compra dos Caracal, nós queremos que ele seja servido para a Polônia, mas também queremos construir fábricas polonesas em Mielec e Svidník, sem abrir mão do Caracal». De acordo com ele, “o exército polonês receberá os primeiros helicópteros ainda este ano. Nós já mantivemos conversações preliminares com a Mielec e a Świdnik. E, repito, estamos contando com a Airbus para participar desse projeto”. O autor faz a pergunta ao final: “como poderia essa ideia ser implementada na prática?”

Para vermos os próximos capítulos…

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Junker

FONTE: BMPD

Sair da versão mobile