Brasil desconhece participação de militares do país em ofensiva contra EI

Soldados no Afeganistão

O governo federal informou nesta segunda-feira desconhecer a presença de instrutores militares brasileiros no Iraque para capacitar soldados iraquianos que planejam uma ofensiva terrestre contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

O esclarecimento foi feito depois que o enviado especial dos Estados Unidos para a coalizão internacional contra o EI, John Allen, em entrevista à agência oficial jordaniana de notícias (Petra), em Amã, citou o Brasil como um dos países que oferece instrução militar ao exército do Iraque nos acampamentos montados pela aliança.

“Não há nenhum representante do governo brasileiro, nem civil nem militar nessa região, nem participação do Brasil em uma ofensiva ou em um treinamento militar”, disse à Agência Efe um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

“Desconhecemos qualquer tipo de cooperação militar do Brasil nessa operação ou que militares brasileiros estejam dando instrução a forças no Iraque”, afirmou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa.

Segundo as declarações de Allen citadas pelo serviço em árabe da agência Petra, o exército iraquiano lançará nas próximas semanas uma ofensiva terrestre contra o Estado Islâmico da qual participarão 12 brigadas treinadas em acampamentos montados pela coalizão internacional nesse país.

O general reformado acrescentou, ainda segundo a versão em árabe da agência Petra, que os soldados iraquianos recebem capacitação em quatro acampamentos de instrutores americanos, australianos e dinamarqueses, e de “brasileiros, portugueses, neozelandeses, espanhóis, italianos, alemães, belgas e holandeses”.

“Nas próximas semanas, quando as forças iraquianas começarem a expedição terrestre para recuperar o território iraquiano, as forças da coalizão darão seu apoio à ofensiva”, afirmou o enviado americano.

Allen viajou à Jordânia para apresentar suas condolências ao rei Abdullah pela morte do piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, que foi supostamente queimado vivo pelo grupo jihadista Estado Islâmico, que desde o ano passado controla vastos territórios da Síria e do Iraque.

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