Brasil vai assinar contrato com suecos da Saab

Gripen com aviador naval brasileiro pronto para o taxi

O contrato entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Saab, fabricante dos caças Gripen, será assinado no final do ano. O ministro da Defesa, Celso Amorim, embarca na próxima semana a Estocolmo para assinar um acordo de cooperação e defesa entre Brasil e Suécia.

O acordo é um primeiro passo, servirá de guarda-chuva para em-basar o contrato que será assinado, afirmou uma fonte envolvida nas negociações.

Além dos 36 caças, avançaram as tratativas para que até 12 aeronaves usadas sejam fornecidas à FAB antes da entrega final dos Gripen NG (New Generation). A previsão é de que o primeiro Gripen da frota adquirida por US$ 4,5 bilhões (R$ 10,4 bilhões), seja entregue na melhor das hipóteses, em 2018. Até lá, conforme o contrato a ser firmado, a Saab deverá ceder aviões Gripen C/D.

Além de uma cortesia da Saab, o objetivo é não deixar o espaço aéreo brasileiro desprotegido. Com a aposentadoria dos Mirage adquiridos em 2005 da França, a proteção está sendo feita por caças F-5 modernizados pela Embraer, inclusive um lote de 12 aviões de segunda mão adquirido da Jordânia.

Os F-5M contudo, tem como função principal o combate aéreo. Servem menos aos propósitos de interceptação e ataque ao solo. Com o empréstimo da frota mais antiga do Gripen, as aeronaves também servirão para treinamento de esquadrões até o primeiro Gripen NG riscar o céu brasileiro.

Uma comitiva sueca deixou o Brasil na semana passada. Os caças devem começar a ser construídos em 2015, em uma fábrica de estruturas Aéreas que será construída em São Bernardo do Campo (SP) pela Saab. Um total de US$ 150 milhões (R$ 348,6 milhões) será investido pela empresa sueca.

A Saab já trabalha na divisão de trabalho entre as empresas da cadeia aeroespacial brasileira envolvidas no desenvolvimento do caça. Pelo acordo, 80% do Gripen será produzido no país, mas ainda precisa ajustar a participação da Embraer na montagem final dos aviões.

Os caças Gripen venceram no final do ano passado a licitação (o chamado Programa FX-2) que se arrastava desde a década de 1990. Os novos aviões deverão atender às necessidades do país pelas três décadas seguintes.

FONTE : Zero Hora

Sair da versão mobile