Chefe do Pentágono visita porta-aviões no Mar do Sul da China e acusa Pequim

050715-N-8163B-037 July 15, 2005 Atlantic Ocean USS Theodore Roosevelt (CVN 71) conducts a close quarters exercise. Theodore Roosevelt Carrier Strike Group is conducting Joint Task Force Exercise (JTFEX) in the Atlantic Ocean. U.S. Navy photo by Photographer's Mate Airman Eben Boothby

Por Yeganeh Torbati

A BORDO DO USS THEODORE ROOSEVELT(Reuters) – O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, voou nesta quinta-feira para um porta-aviões dos EUA que está trafegando pelo disputado Mar do Sul da China e culpou a China pela tensão crescente na região, em uma visita que certamente vai enfurecer o governo chinês.

A visita de Carter ao USS Theodore Roosevelt, acompanhado do ministro da Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, ocorre pouco mais de uma semana depois que o USS Lassen, um destroyer com mísseis guiados, desafiou os limites territoriais em torno de uma das ilhas artificiais construídas pela China no arquipélago de Spratly, em um patrulhamento definido como em prol da liberdade de navegação.

A China reivindica a maior parte do Mar do Sul da China, área de intenso tráfego comercial pela qual passam mais de 5 trilhões de dólares em mercadorias a cada ano. Vietnã, Malásia, Brunei, Filipinas e Taiwan têm reivindicações de soberania na mesma área.

“Estar aqui no Theodore Roosevelt no Mar do Sul da China é um símbolo e significa a presença estabilizadora que os Estados Unidos tiveram nesta parte do mundo por décadas”, disse Carter a repórteres, enquanto o porta-aviões trafegava entre 150 a 200 milhas náuticas da ponta sul das Spratlys e a cerca de 70 milhas náuticas a norte da Malásia.

Questionado sobre o significado da sua visita em tal momento, Carter disse: “Se está sendo observada hoje de uma maneira especial é por causa da tensão nesta parte do mundo, principalmente decorrente de disputas sobre recursos terrestres no Mar do Sul da China, e pela atividade perpetrada pela China ao longo do último ano”.

O navio de guerra estava “realizando operações de rotina, enquanto transitava pelo Mar do Sul da China”, disse Carter na quarta-feira, depois de uma reunião dos ministros da Defesa do Sudeste Asiático na Malásia, um evento prejudicado pelas discordâncias entre EUA e China sobre as rotas marítimas.

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