China aumentará seus gastos com defesa em entre 7% e 8% este ano

País segue investindo em defesa, mas de forma mais moderada. Em 2015, China gastou 10,1% do orçamento militar em defesa.

A China vai aumentar em entre 7% e 8% seu orçamento de defesa em 2016 em comparação com o ano passado, frente ao aumento do 10,1% de 2015, anunciou nesta sexta-feira (4) a porta-voz do Legislativo chinês, Fu Ying.

A porta-voz da Assembleia Nacional Popular (ANP) confirmou em entrevista coletiva prévia ao início do plenário anual do Legislativo, que acontece no sábado (5), que o aumento orçamentário será menor que o do exercício anterior, seguindo a tendência dos últimos anos, mas não detalhou sua variação exata.

Fu explicou que a China estabelece seu orçamento militar em função de suas necessidades de defesa, do desenvolvimento econômico e de suas possibilidades fiscais. “Este ano, o orçamento militar chinês continuará aumentando, mas o aumento será menor que no ano passado, por volta de entre 7% e 8%”, afirmou Fu.

Assim, os gastos com defesa do país mais populoso do mundo continuarão subindo, mas de forma mais moderada que em exercícios anteriores.

Com a exceção de 2014, nos últimos anos, o orçamento militar da China sempre cresceu menos que no ano anterior, já que em 2015 subiu 10,1% em relação ao ano anterior; em 2014, 12,2%; em 2013, 10,7%, e em 2012, 11,6%.

Mesmo assim, o orçamento de defesa da China se expandiu nos últimos anos a um ritmo superior ao do crescimento econômico no país, até se situar em 2015 no equivalente a cerca de US$ 144 bilhões, gastos que são apenas superados pelos dos EUA.

No entanto, centros de análise estrangeiros consideram que o orçamento militar chinês é na realidade maior que o anunciado oficialmente, já que o mesmo está distribuído em diversas verbas de difícil cálculo.

Fu explicou que a China está em plena reestruturação de suas forças armadas, segundo o anúncio realizado pelo presidente, Xi Jinping, em setembro do ano passado, um processo que reduzirá o número de seus efetivos em cerca de 300 mil militares para deixar seu volume em 2 milhões, e que também promoverá a modernização de equipamentos e estruturas.

FONTE: G1

FOTOS: Ilustrativas

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