China denuncia presença de navio militar dos EUA perto de ilha artificial em águas disputadas

USS Lassen (DDG-82)
USS Lassen (DDG-82)

Por Andrea Shalal e Ben Blanchard

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) – Um navio contratorpedeiro com mísseis guiados da Marinha dos Estados Unidos navegou próximo a ilhas artificiais chinesas no disputado Mar do Sul da China nesta terça-feira, gerando uma firme repressão de Pequim, que disse ter alertado e seguido a embarcação norte-americana.

A presença do USS Lassen é o desafio mais significativo dos EUA até o momento aos limites territoriais de 12 milhas náuticas que a China impõe em torno das ilhas do arquipélago de Spratly, e poderia elevar as tensões em uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo.

Uma autoridade de defesa norte-americana disse que o USS Lassen navegou a 12 milhas náuticas do recife de Subi. Uma segunda autoridade da Defesa disse que a missão, que durou algumas horas, incluiu o recife de Mischief e seria a primeira em uma série de exercícios de liberdade de navegação, com objetivo de testar as reivindicações territoriais chinesas.

O Ministério das Relações Exteriores da China informou que as “autoridades relevantes” monitoraram, seguiram e alertaram a embarcação norte-americana, à medida que entrava “ilegalmente” em águas próximas a ilhas e recifes em Spratly sem a permissão do governo chinês.

“A China decididamente irá responder às provocações deliberadas de qualquer país”, informou o ministério em nota, que não deu detalhes precisos sobre onde o navio dos EUA navegou.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Lu Kang disse posteriormente, durante informe diário, que caso os Estados Unidos continuassem a “criar tensões na região”, a China poderia concluir que precisaria “aumentar e fortalecer nossas habilidades relevantes”.

“A China espera usar meios pacíficos para resolver todas as disputadas, mas caso a China precise fazer uma resposta, então o tempo, método e velocidade da resposta serão feitos de acordo com os desejos e vontades da China”, acrescentou.

 

 

 

Sair da versão mobile