Combates se aproximam das fronteiras turcas

Konya  Anatolian Eagle Exercise

O Parlamento turco caminha para autorizar ações militares contra o grupo Estado Islâmico (EI) enquanto se intensifica o combate aos jihadistas nas proximidades das fronteiras com a Síria e o Iraque. Apesar dos bombardeios da coalizão internacional liderada por Washington, os extremistas se aproximaram da cidade de Ain Al-Arab (Kobane, em curdo), no norte da Síria. No Iraque, forças da Região Autônoma do Curdistão, conhecidas como peshmergas, reconquistaram as cidades iraquianas de Rabia e Zumar. O vice-premiê da Turquia, Bulent Arinc, afirmou que o texto encaminhado à Assembleia Nacional contempla ações militares em resposta a “todas as possíveis ameaças e riscos”, além da abertura de bases militares no país para a coalizão. Ontem, o Reino Unido fez seu primeiro bombardeio aéreo contra alvos do EI em solo iraquiano.

Segundo a agência de notícias Reuters, a expectativa é de que a proposta do premiê Ahmet Davutoglu seja aprovada pela maioria governista amanhã. Pelo segundo dia, tanques turcos foram posicionados na fronteira com a Síria, depois que projéteis lançados pelos jihadistas contra os combatentes curdos atingiram território turco.

A organização Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) relatou ontem que o EI estava posicionado a “dois ou três quilômetros” de Kobane, cidade fronteiriça à Turquia. A região foi alvo de bombardeios da coalizão, que também atacou os extremistas na cidade de Tall Abyad e na província de Deir Ezor. O vice-premiê turco informou que os jihadistas avançavam em direção ao túmulo de Suleyman Shah, avô do fundador do Império Otomano, Osman. Embora localizado nos arredores da cidade síria de Alepo, o mausoléu é considerado território turco e é protegido por soldados do país.

Forças curdas, apoiadas por bombardeios internacionais, iniciaram uma ofensiva contra o EI no norte do Iraque. Um comandante dos peshmergas afirmou que o controle de Rabia e Zumar foi retomado, apesar de os curdos terem sofrido baixas. Alguns vilarejos da região de Daquq, mais ao sul, também teriam sido retomados.

FONTE: Folha de SP

FOTO: Ilustrativa

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