Coreia do Norte lança míssil de um submarino, diz Coreia do Sul

Míssil norte coreano
Míssil que teria sido lançado por um submarino pela Coreia do Norte em abril passado

Forças navais norte-coreanas lançaram nesta quarta-feira (24; noite de terça-feira no Brasil) um míssil balístico de um submarino, segundo afirmou em comunicado o alto comando militar sul-coreano.

O breve comunicado se limita a informar que o teste balístico aconteceu de um submarino, às 5h50 de quarta (17h50 de terça, horário de Brasília), no mar do Japão.

O míssil percorreu 500 km, o que representa um grande progresso em relação aos testes precedentes, segundo a nota. O teste foi considerado pelos especialistas sul-coreanos como um “sério desafio” à segurança da região.

Japão e Estados Unidos classificaram o teste de ato “imprudente” e “provocação”. Esse teste é “uma grave ameaça à segurança do Japão” disse o primeiro-ministro japonês, Shizo Abe, citado pela agência de notícias Jiji, acrescentando que se trata de um “ato de uma imprudência imperdoável”.

Os Estados Unidos confirmaram o teste de míssil balístico a partir de um submarino e qualificaram a ação de “provocação”. “Condenamos firmemente esse teste de míssil norte-coreano”, disse em uma nota, divulgada em Washington, Justin Higgins, um porta-voz do Departamento de Estado, acrescentando que “essa provocação não faz mais do que acentuar a vontade da comunidade internacional de rejeitar as atividades proibidas da Coreia do Norte”.

O Comando Estratégico americano avaliou que o lançamento do míssil –provavelmente um KN-11– da zona de Sinpo, na costa oriental da Coreia do Norte, “não representou uma ameaça para os Estados Unidos”, revelou o porta-voz do Pentágono Gary Ross.

O tiro ocorre no momento em que a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam amplas manobras militares conjuntas, classificadas por Washington e por Seul como “defensivas”. Pyongyang advertiu, porém, que, se sua soberania for violada, poderá lançar ataques nucleares de represália.

As relações entre a Coreia do Norte e o Ocidente, por um lado, e com seu vizinho do sul, por outro, acumulam meses de tensões, devido a seus programas de desenvolvimento de armas nucleares e de mísseis de longo alcance e suas ameaças de ataques atômicos de represália.

Ainda nesta terça, o Japão havia feito um apelo para que a Coreia do Norte se abstivesse de “novas provocações”.

Dirigindo-se ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, o vice-ministro dos Assuntos Exteriores do Japão, Kiyoshi Odawara, denunciou os testes nucleares e balísticos realizados por Pyongyang – em particular de um míssil caído em 3 de agosto em águas japonesas.

“Essas violações flagrantes das resoluções da ONU constituem um evidente desafio aos esforços internacionais contra a proliferação (de armas) e não são justificáveis de modo algum”, afirmou o vice-ministro japonês.

O Japão –acrescentou– “demanda à Coreia do Norte, de maneira firme, que se abstenha de novas provocações” e respeite seus compromissos internacionais.

Odawara também convidou os países-membros da ONU a “redobrar esforços para aplicar plenamente as resoluções” da ONU, que proíbem Pyongyang de manter qualquer atividade nuclear, ou balística, sob pena de sanções.

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FONTE: AFP

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