EUA podem perder $9 bilhões na concorrência com Rússia no Oriente Médio

F-16-USAF

Um grupo de senadores norte-americanos que apoiam o contrato pendente de 9 bilhões de dólares de venda de caças para o Kuwait, Qatar e Bahrain estão alarmados por a demora poder obrigar os três países do Golfo Pérsico a comprar aviões a outros países, inclusive à Rússia.

Em uma carta enviada no mês passado, os senadores John McCacin, Bob Corker, Jack Reed e Claire McCaskill apelaram ao presidente Barack Obama para completar o contrato.

“A recusa de satisfazer os seus pedidos não impedirá estes países de comprarem aviões militares com capacidades avançadas a fornecedores estrangeiros, se calhar, inclusive à Rússia. A América não deve perder uma oportunidade de expandir a sua influência no Oriente Médio e deve assegurar a continuação do domínio da indústria norte-americana, sem ceder a região para os nossos concorrentes e adversários“, escreveram os senadores na carta divulgada pelo jornal norte-americano “The Wall Street Journal”.

Seguindo o artigo, o contrato inclui o fornecimento de caças F-16 produzidos pela Lockheed Martin, bem como F-15 e F/A-18, produzidos pela Boeing.

“Compreendemos que estes pedidos devem ser considerados de forma cautelosa, mas a decisão sobre eles está pendente já por muito tempo”, diz-se na carta.

Segundo os senadores, a parte mais importante do contrato é o fornecimento de caças para o Qatar e Kuwait. Em abril, devido à demora, o Kuwait assinou o contrato de compra de 28 caças Typhoon produzidos na Europa.

O custo do contrato é de 2 bilhões de dólares para o Bahrain, 3 bilhões de dólares para o Kuwait e cerca de 4 bilhões de dólares para o Qatar, disse uma fonte militar ao The Wall Street Journal.

Espera-se que os EUA forneçam cerca de 36 aviões para o Qatar, 24 para o Kuwait e 17 para o Bahrain.

Os EUA têm adiado o cumprimento do contrato em parte por causa das suas relações com Israel. A política de Washington exige que os EUA mantenham as vantagens de Israel na área militar no Oriente Médio. Isso implica evitar vender equipamento militar para atores regionais que possa minar as vantagens israelenses, destacou a fonte militar.

FONTE:sputniknews.com

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