Exercícios Navais mostram poder frente uma coalização dividida

O exercício naval realizado pela República Islâmica do Irã, a Rússia e China teve lugar em um importante e sensível momento. Um grupo de analistas, e da imprensa estrangeira, disseram que os três países compartilham os seus esforços para mostrar a capacidade de manter o comércio marítimo em segurança na região.

Os quatro dias de exercício conjunto foi realizado pelos três países no mar de Omã e o Oceano Índico, e iniciou na sexta-feira (27 de dezembro) e chamou a atenção da imprensa em todo o mundo e de vários analistas.

Muitos analistas internacionais enfatizaram que o momento desta cooperação militar no Golfo Pérsico, e o estreito de hormuz, dobrou o significado do evento. O exercício acontece em um momento em que as tensões entre o Irã e os EUA têm um pico, e os Estados Unidos, por outro lado, tem falhado em formar uma aliança naval, há muito defendida e pressiona muitas nações a participarem.

Tensões no Golfo Pérsico começaram com a saída de Washington da JCPOA e aprofundada como a pressão exercida pela Casa Branca a Teerã. Ataques a alguns navios mercantes e petroleiros e, em seguida, ataques a instalações petrolíferas na Arábia em setembro passado, fez a situação se tornar mais volátil do que antes.

Por um lado, os Estados Unidos alega a formação de uma aliança marítima para garantir a passagem em segurança dos navios mercantes e petroleiros. Por outro lado, a República Islâmica do irã também propôs a “Hormuz Peace Endeavor”, em cooperação com nações regionais em conformidade com as regras das Nações Unidas, a liberdade de navegação e livre circulação de petróleo e outros produtos para todos os países do estreito de hormuz.

A Al Jazeera anunciou o início do primeiro exercício militar com a China e a Rússia, dizendo que será em um período de maiores tensões depois de Donald Trump anunciar a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear de 2015.

Militares iranianos têm transmitido a mensagem de que este exercício é de paz, amizade duradoura e segurança, através da cooperação, no entanto, pelo ponto de vista de Teerã, este exercício mostra que o país islâmico não pode ser isolado.

Um porta-voz do Ministério da Defesa chinês, descreveu o exercício como um meio de aprofundar a cooperação e intercâmbio entre as marinhas dos três países.

 

Há alguns dias, o ministro dos negócios estrangeiros russo, Sergei Lavrov, anunciou que seu país conduzia exercícios navais com o Irã e a República Popular da China, em preparação para enfrentar os terroristas e piratas. Mas o britânico Daily Telegraph minimizou o exercício, chamando-o de exercício de rotina entre as forças Armadas dos três países em conformidade com o direito internacional.

No entanto, a análise acima não ignora os fatos da presente ação e disse que a localização da manobra, no mar de Omã, é extremamente importante porque está localizado perto de uma via navegável em conexão com o Golfo Pérsico, uma das cinco rotas necessárias para a Passagem de petróleo.

Até mesmo o Zionist Times, de Israel, não ficou em silêncio sobre o resultado do exercício naval, chamando de cooperação entre as três forças navais.

Alguns analistas se surpreenderam com a presença da China no exercício. A China estabeleceu boas relações com Riad ao mesmo tempo que tem boas relações diplomáticas e econômicas com o Irã.

Até então, a China não participara de edições anteriores do exercício no Golfo Pérsico, em comparação com a Rússia, Estados Unidos e a Grã-Bretanha, mas agora, por causa da importância da região para Pequim , e no seu relacionamento com estes países, especialmente no campo energético, a China está trabalhando para estabilizar Golfo Pérsico.

Mas a importância desta cooperação tornou-se ainda mais proeminente para Pequim, especialmente após o ataque a vários petroleiros, e especialmente após o ataque de drones meses atrás.

De acordo com a análise de um jornal britânico, Washington e seus aliados fizeram grandes esforços para por a culpa dos ataques ao Irã, mas Teerã negou qualquer envolvimento. As investigações das Nações Unidas, sobre o ataque, terminou sem uma conclusão, apesar de toda intervenção de Washington para benefíciar a Casa Branca.

FONTE E FOTOS: IRNA

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