Finlândia se mostra favorável a adesão à NATO apesar das ameaças do Kremlin

A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin durante encontro com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. Helsinque 25 de outubro de 2021. Foto: Kimmo Brandt

A Finlândia nesta quarta-feira está mais perto de se candidatar a membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO). De acordo com os meios de comunicação locais, o primeiro debate parlamentar sobre a candidatura revelou haver maioria a favor que uma minoria contra.

Uma rádio pública finlandesa informou que praticamente está decidido que um pedido para integrar a NATO vai ser concretizado em maio, apesar das recentes ameaças da Rússia. Talvez devido a essas tais ameaças do Kremlin.

A invasão da Ucrânia teve peso nessa decisão, ressaltou Antti Lindtman, líder do grupo parlamentar do Partido Social Democrata (SDP), da primeira-ministra Sanna Marin, que na semana passada já se havia mostrado a favor da adesão ao lado da homóloga da Suécia, Magdalena Andersson, que também abriu a discussão de adesão à OTAN aos seus cidadãos.

Perante a evolução do debate na Finlândia e na Suécia, o Kremlin reiterou os avisos a ambos os governos.

“Sob recomendações dos Estados Unidos, Bruxelas tem tentado puxar a Suécia e a Finlândia para a sua estrutura já há algum tempo. Houve várias formas, sob o pretexto de exercícios ou sessões de formação. Fizemos todos os nossos alertas, publicamente e pelos canais bilaterais. Eles nos conhecem, por isso não é surpresa. Estão informados de todas as consequências”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova.

O final do debate no Parlamento terminou com manifestações de um provável “sim” à NATO, entre mais de 180 deputados. Apenas 13 se mostraram contrários. Entre os hesitantes, os meios de comunicação locais perceberam haver apenas algumas garantias em falta, mas que poderão ser resolvidas nos próximos dias.

O debate vai prosseguir agora na especialidade, a candidatura necessitará de cerca de dois terços dos 200 deputados finlandeses a favor. A decisão será conhecida em maio.

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