Indústria de defesa do Brasil cresce promovendo projetos com os vizinhos

Indústria de defesa do Brasil está crescendo, impulsionada por incentivos do governo para modernizar as forças armadas do país e desenvolver um robusto complexo militar industrial orientado para a exportação. Como a sexta maior economia do mundo, o Brasil foi classificado como o oitavo maior exportador de armas em 1980, mas atualmente definha em 30 º lugar, de acordo com especialistas do setor.

“As empresas estão felizes. Há uma determinação para crescer e investir. Cinco anos atrás, era o contrário “, disse Carlos Pieratoni Gamboa, vice-presidente da Associação Brasileira de Defesa e Equipamentos de Segurança (Abimde).

A Abimde, que reúne 170 empresas, espera investir 12 bilhões de dólares a longo prazo, o planeja gerar o dobro dos atuais 25.000 empregos diretos e impulsionar as vendas anuais de exportação 1.700 a 4 milhões de dólares.

A presidente Dilma Rousseff, como seu antecessor, Lula da Silva ajudou a alimentar o boom atual, investindo em equipamentos e destacando a importância estratégica de uma indústria de defesa nacional, de acordo com uma estratégia de defesa nacional revelada em 2008.

Este ano, Dilma aprovou incentivos para aumentar a produção e compras no mercado interno, e o Brasil comprou submarinos convencionais e helicópteros da França, insistindo na transferência de tecnologia e montagem no seu território.

Ele também ressuscitou um plano para desenvolver, a partir de 2016, o seu primeiro submarino de propulsão nuclear de ataque rápido.

E uma decisão do governo é aguardada sobre a adjudicação de um contrato multibilionário para 36 caças. O Rafale, fabricado pela empresa francesa Dassault, compete contra gigante da aviação americana Boeing e seu F/A-18 e a sueca Saab, fabricante do Gripen para o contrato.

“Nós precisamos dessa indústria, porque é estratégica para a nossa soberania, por causa do tamanho do nosso território, o comprimento das nossas fronteiras e porque fomos abençoados com enormes riquezas naturais”, disse Dilma.

O Brasil vê seus vizinhos e outros países emergentes como mercados naturais para seus produtos e tem intensificado a cooperação militar e industrial com eles. Projetos conjuntos incluem o novo KC-390 avião de transporte militar que está sendo desenvolvido pela fabricante de aviões Embraer do Brasil, com parceiros de Argentina, Chile e Colômbia – que também pretendem comprar a aeronave.

No ano passado, o orçamento de defesa do Brasil chegou a 36,6 bilhões de dólares, 10º maior no mundo, de acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos. Mas mais do que 80% deste orçamento é tradicionalmente reservado para os salários e muitos investimentos foram adiados. O governo diz que cerca de 1,5% do PIB do país vai para a defesa, muito menos do que em vários países vizinhos e as principais potências emergentes.

FONTE: MercoPress

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