Navios de guerra dos EUA navegam pelo Estreito de Taiwan pelo terceiro mês consecutivo

O destróier de mísseis guiados USS Curtis Wilbur dispara sua arma de 5 polegadas durante um exercício no Mar das Filipinas - Foto JEREMY GRAHAM / US NAVY

Por Caitlin Doornbos

YOKOSUKA NAVAL BASE, Japão – A Marinha americana colocou um destróier de mísseis guiados entre a China continental e Taiwan pelo terceiro mês consecutivo, para garantir que navios possam navegar livremente por lá.

O USS Curtis Wilbur (DDG 54) e o USCGC Bertholf (WMSL-750), da Guarda Costeira dos Estados Unidos, atravessaram o Estreito de Taiwan durante a noite de domingo, “de acordo com a lei internacional”, disse o porta-voz da 7ª Frota, o tenente Joe Keiley.



A China protesta contra navios de guerra dos EUA navegando pelo estreito de aproximadamente 100 milhas de largura sem primeiro pedir sua permissão, no entanto, os EUA insistem que o estreito é uma via navegável internacional.

A passagem desta semana foi a quinta vez em seis meses que navios de guerra americanos fizeram a viagem. O USS Stethem e o cargueiro USNS Cesar Chavez passaram no mês passado. O USS McCampbell e o navio de reabastecimento da frota USNS Walter S. Diehl passaram em janeiro. O USS Stockdale e o USNS Pecos passaram em novembro, e o USS Curtis Wilbur e o USS Antietam navegaram pelo estreito em outubro.

Antes de outubro, havia apenas um trânsito pelo Estreito de Taiwan informado. “O trânsito dos navios pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos EUA com um Indo-Pacífico livre e aberto”, disse Keiley. “Os EUA continuarão a voar, navegar e operar em qualquer lugar que a lei internacional permitir.”

A reunificação de Pequim com Taiwan “serviu como o principal motor da modernização militar da China”, concluiu um relatório da Agência de Inteligência da Defesa de janeiro sobre o poder militar da China.

USCGC Bertholf (WMSL 750)

O relatório detalhava os avanços tecnológicos dos militares chineses e disse que a “antecipação do país de que as forças estrangeiras interviriam em um cenário de Taiwan levou os militares chineses a desenvolver uma série de sistemas para deter e negar a projeção da força regional estrangeira”.

Em janeiro, o chefe do Departamento de Operações Navais, o almirante John Richardson, disse ao general chinês Li Zuocheng, chefe do Departamento de Estado-Maior das Forças Armadas, que os EUA estão comprometidos com a política de China única de que Taiwan é parte da China. No entanto, Pequim expressou ceticismo.

“Se alguém quiser separar Taiwan da China, as forças armadas chinesas protegerão a unidade nacional a todo custo, a fim de proteger a soberania e a integridade territorial da China”, disse Li durante sua reunião, segundo o South China Morning Post.

O cutter Bertholf, que chegou no dia 3 de março na base naval de Sasebo, no Japão, encerrando uma missão que aplica as sanções das Nações Unidas contra a Coréia do Norte.

O Conselho de Segurança da ONU impôs uma série de sanções econômicas a Coréia do Norte em resposta ao desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos.

A Guarda Costeira ajuda a impor essas sanções mantendo-se atenta a transferências proibidas de combustível de navio para navio, como carvão e outros produtos.

FONTE: Star and Stripes

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN



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