O mundo precisa ficar atento à pirataria no Golfo da Guiné, afirma São Tomé e Príncipe

Pirataria no Golfo da Guiné

País receia efeito de branqueamento de capitais e financiamento de atos ilícitos e criminosos.

Nova York – São Tomé e Príncipe pediu esforços da comunidade internacional contra atos de pirataria no Golfo da Guiné.

“Estando normalmente associado aos crimes transnacionais, como o comércio de armas, o tráfico de drogas e de seres humanos, que São Tomé e Príncipe vivamente condena, o meu país tem vindo a articular-se com os outros Estados da região nesse combate e a adotar medidas internas que não facilitem a instalação ou a utilização do nosso território para o branqueamento de capitais ou financiamento de outros atos ilícitos e criminosos”, pontuou o embaixador são-tomense junto das Nações Unidas, Carlos Agostinho das Neves.

A preocupação é que o risco de alastramento do fenômeno possa impedir as nações de tirar “pleno partido dos recursos naturais”. Conforme defendeu, a consequência seria “um grande dano às suas populações”.

O representante abordou também em seu discurso na ONU os esforços pela estabilização da Guiné-Bissau. “Em concertação com os demais países membros da CPLP, continuaremos a envidar todos os esforços contribuindo para que o devido processo seja exitoso e se possa devolver a paz e a felicidade ao povo desse país irmão”, sublinhou.

A nível global, os conflitos regionais e internacionais também foram apontados pelo país como motivos de apreensão. Além de condenar o uso de armas químicas na Síria, o embaixador lembrou das tentativas de cooperação e confiança com os vizinhos da República Democrática do Congo.

O país reafirmou o desejo de que haja programas de ajudar a melhorar as condições de vida de todos na agenda de desenvolvimento pós-2015.

“Para os cidadãos de São Tomé e Príncipe, uma nova agenda para o desenvolvimento deverá oferecer um quadro para consolidação dos significativos avanços conseguidos com a implementação dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, assinalou.

Ele lista os aprimoramentos na área de educação e saúde, bem como a oportunidade para realizar progressos em matéria de coerência e de convergência política internacional, visando o desenvolvimento.

Fonte: África 21 Digital

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