Os requisitos da nova defesa aérea suíça

O Departamento Federal de Defesa, Proteção Civil e Esporte Suíço (DDPS), publicou em 23 de março um documento que estabelece os requisitos mínimos para a nova aeronave de combate multifunção (Neues Kampfflugzeug, NKF) e o sistema de defesa antiaérea terrestre (Bodengestützte-Luft-Verteidigung, Bodluv). As listas de potenciais fornecedores / equipamentos e os requisitos de compensação foram especificados.



Como se sabe, a Suíça em agosto de 2012 elegeu como nova aeronave de combate multifunção o sueco Gripen E. No entanto, em um referendo ocorrido em maio de 2014 os suíços votaram contra esta compra. Em conexão com a situação de piora material da Schweizer Luftwaffe (Força Aérea Suíça), ao início de 2017, o Conselho Federal decidiu comprar 30 novos aviões de combate multifunção, e atualizar e prolongar a vida útil dos Hornets até 2030, com um aumento significativo na capacidade do sistema. Em contraste com a concorrência anterior, um referendo público para compra de novas aeronaves e definir a escolha do equipamento, na primavera de 2020 depois de eleições parlamentares previstas para o próximo ano. Nesta situação, a escolha poderia ser feita ao final de 2020, o que permitiria a notificação de capacidade de combate inicial do equipamento em 2025.

O projeto NKF leva em conta 5 aeronaves: Eurofighter, F/A-18E/F Super Hornet, F-35, Gripen e Rafale. De acordo com as especificações, a tarefa principal do NKF será defender o espaço aéreo do país e de patrulha (em tempo de paz), com a capacidade de realizar missões de ataque e reconhecimento (no caso de guerra). O NKF deve ser capaz de interagir com aeronaves de combate operadas por países vizinhos e os países participantes na iniciativa PfP , em particular em termos de comunicação (comunicação de voz codificado), identificação, troca de informações táticas (usando informações combinadas) e a precisão de navegação (usando GPS ou Galileo).

A Suíça está à procura de um avião disponível imediatamente, sem ter que esperar por desenvolvimentos, com os ajustes mínimos possíveis que possam ser necessários para integrá-lo com a rede suíça de comando e controle. A montagem final da aeronave na Suíça não é um requisito, mas não está excluída.

O documento não especifica o tamanho exato de unidades necessárias do NFK. Afirmou apenas que 4 aeronaves deve ser capazes de patrulhar o espaço aéreo todo o tempo, pelo menos 4 semanas e logística da rede deve ser capaz de permitir que a aeronave opere durante 6 meses sem fornecimento de peças sobressalentes de fora da Suíça. Para a manutenção, resposta de reparação e revisão deve ser contratada uma empresa nativa, no caso a RUAG. Outra exigência é que pelo menos parte da avaliação do NFK seja realizada no país por pilotos da Schweizer Luftwaffe. A avaliação terá em conta os custos relacionados com a compra e manutenção de equipamentos de mais de 30 anos.

Já as especificações dadas para o programa Bodluv exigem que o novo sistema cubra uma área de pelo menos 15 mil km² (isoladamente ou em cooperação com o NFK), tenha alcance de pelo menos 50 km e seja capaz de atingir alvos a uma altura de, pelo menos, 12000 m. A capacidade de combater mísseis balísticos não é necessária. O radar definido deve ser conectado a uma rede nacional de sensores. Os suíços vão convidar para o concurso três empresas: Eurosam (oferecendo SAMP/T), Raphael (David’s Sling) e Raytheon (Patriot).

A necessidade de compensação (offsets) nos dois programas é de pelo menos 100%, divididos entre compensação direta referente à compra (20%), compensado do setor intermediário de defesa/segurança (40%), e outros setores (40%). Além disso, as compensações devem ser localizadas 65% nas regiões de língua alemã, 30% de língua francesa e 5% língua italiana.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Junker

FONTE: Altair



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