OTAN: Caças espanhois suspensos do policiamento aéreo após lançamento acidental de míssil próximo a fronteira com a Rússia

Fontes dizem que erro humano é a causa mais provável para o lançamento de um míssil ar-ar próximo da fronteira russa.

Caças Eurofighter Typhoon da Força Aérea da Espanha no Báltico, foram retirados da missão de policiamento aéreo após um deles ter acidentalmente disparado um míssil na terça-feira, por volta das 15H44, em uma área localizado a cerca de 100 km da fronteira da Estônia com a Rússia.



As atividades das aeronaves espanholas foram suspensas até que as circunstâncias do incidente sejam esclarecidas.

As autoridades suspeitam que o míssil possa ter atingido o chão, apesar de ter sido dado o comando de auto-destruição, logo após o seu lançamento. Não foi detectada nenhuma explosão na região do incidente.

A OTAN determinou que os caças F-16 portugueses e Mirage 2000 franceses, vão assumir a missão de interceptar os voos não autorizadas, enquanto os espanhóis estão temporariamente fora dessa missão.

Uma investigação sobre a causa do incidente ainda está em curso, e segundo uma fonte militar, o erro humano é a causa mais provável, uma vez não ter sido identificado erros no sistema da aeronave. Se a investigação apontar para esse lado, seria um erro extremamente incomum, uma vez que o caça era tripulado por um piloto altamente experiente.

Não basta apenas pressionar um botão para o lançamento de um míssil, vários procedimento devem ser seguidos.



O piloto não havia determinado um alvo para o AMRAAM (Advanced Medium-Range Air-to-Air Missile), caso contrário, teria provavelmente acertado um dos três caças que participavam do exercício no momento.

O Primeiro-Ministro da Estônia expressou sua preocupação com o assunto em uma conversa com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. “Eu disse ao secretário-geral que foi um incidente sério. Graças a Deus que ninguém ficou ferido como resultado desse incidente”. Stoltenberg também lamentou o incidente e ofereceu total apoio da OTAN para a investigação, informou seu porta-voz.

A ministra da defesa espanhola, Margarita Robles, também falou na quarta-feira com o seu homólogo na Estônia.

Fontes aliadas disseram que a reclamação da Estônia está sendo considerada de “nível baixo”, pois “todo mundo está ciente de que um incidente, mesmo que improvável, não pode ser excluído de ocorrer” e que os membros da OTAN garantem às nações bálticas “defesa gratuita do espaço aéreo”.

A Espanha desdobrou aeronaves ao Báltico seis vezes desde 2004. Atualmente possui 135 pessoas e seis caças Eurofighter EF-2000, da base Militar de Morón de la Frontera (Sevilha), estacionados na base de Siauliai, ao norte da Lituânia.

A missão espanhola começou em 1º de maio e termina no dia 31 de agosto.

FONTE: El País
FOTO: Ilustrativa
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN



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