Pentágono pede novos mísseis avançados anti-navio para se equiparar com a Rússia e a China

O plano de orçamento proposto pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos planeja reduzir custos na compra de novas aeronaves e navios de guerra, helicópteros, para poder gastar mais em operações militares na Síria, no Iraque ou Afeganistão, escreve para Reuters, David Machado, jornalista especialista em assuntos militares.

No entanto, o Pentágono exige mais dinheiro para novos mísseis anti-navio e assim que equiparar com a Rússia e a China, e para isso quer gastar mais de US$ 700 milhões no ano fiscal de 2017. No total, o orçamento militar que visa obter este organismo é de US$ 583 bilhões.

“De repente, parece que destruir navios militares tornou-se a principal prioridade”, diz Machado, para quem isso é devido à superioridade marítima demonstrada pela Rússia e a China nos últimos anos. Na verdade, o secretário de Defesa Ashton Carter disse: “Nossos concorrentes nos desafiam no mar alto” e reconhece que “é preciso equilibrar o investimento nestas capacidades avançadas de uma maneira há tempos tínhamos que ter feito”

Segundo Machado, após o fim da Guerra Fria os EUA negligenciou suas armas anti-navio por considerar que, com a queda da URSS, não haveria nenhuma ameaça no mar, enquanto aumentavam os perigos em terra. Desde então, os americanos não investiram mais nos mísseis Tomahawk e Harpoon, quase todos instalados em seus navios, que antes eram um dos mísseis mais avançados deste tipo no mundo.

Desde 1991, os EUA concentrou-se em terra e lançou mísseis e ataques aéreos contra o Iraque, Sérvia, Afeganistão, Líbia e Síria, entre outros países, mas esqueceram o seu potencial naval e, por esta razão, os navios americanos podem atacar alvos terrestres, mas no mar está “impotente”, diz Machado.

Enquanto isso, nos últimos anos, a Rússia tem equipado seus navios, submarinos e aeronaves militares com uma vasta gama de mísseis anti-navio que são muito melhores do que os poucos Harpoon americanos que permanecem em serviço. Em particular, a Rússia tem mísseis Kalibr guiados, capazes de atingir suas metas há mais de 600 quilômetros de distância e atingir uma velocidade supersônica. Por seu lado, a China desenvolveu o YJ-18, que poderia até mesmo ser uma “cópia ilegal” dos mísseis russos, diz Machado. Para superar esta desvantagem, os responsáveis pela defesa dos Estados Unidos querem comprar três novos tipos de mísseis anti-navio que sejam mais rápidos, invisíveis, com maior poder de destruição e que possa viajar longas distâncias.

LRASM

Em 2017 o Pentágono planeja gastar US$ 30 milhões para comprar os primeiros 10 Longo Alcance Anti-Ship Missile (LRASM), mísseis anti-navio furtivos de longo alcance, capazes de superar os 320 quilômetros de distância.

SM-6

Os EUA também pediram US$ 501 milhões para comprar 125 mísseis SM-6, que voam várias vezes acima da velocidade do som e, portanto, são a melhor forma de interceptar outros mísseis e proteger os navios.

Tomahawk

Após o teste bem sucedido dos novos mísseis anti-navio Tomahawk, mais desenvolvidos do que seus antecessores e capazes de alcançar objetos em movimento, o Pentágono quer comprar 100 unidades em 2017 por US$ 187 milhões para instalá-los em seus navios.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE:RT

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