Policial Militar brasileira ajuda missão da ONU a combater criminalidade no Sudão do Sul

A major brasileira Fernanda Santos é uma das cerca de 260 oficiais mulheres que atuam na força policial da Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS). Uma parte dessas militares realiza operações de busca de armas ilegais no entorno dos campos de proteção de civis.

Somente na cidade, cerca de 38 mil pessoas vivem em um campo localizado ao lado da base das Nações Unidas. Segundo Fernanda, o combate à criminalidade é fundamental nos arredores do acampamento. “Nós praticamos esse tipo de operação para evitar crimes, evitar drogas, a posse de armas e coisas do tipo. Estamos tentando evitar que criminosos estejam no PoC (sigla em inglês para Proteção de Civis) e ao redor dele, para assegurar o trânsito e a segurança das pessoas que residem no PoC”, explica a brasileira.

Com 26 anos de experiência na Polícia Militar do Estado de São Paulo, a major conta que a experiência adquirida no Brasil a ajuda no trabalho com as comunidades sul-sudanesas.

No Sudão do Sul, a UNMISS garante a segurança de quase 213 mil pessoas vivendo em áreas sob proteção da missão. Há três anos, a nação é palco de um conflito armado entre o Exército nacional e grupos de oposição.

Gangues

Gangues de criminosos são uns dos alvos das ações da Polícia das Nações Unidas da UNMISS. A entrevista com Fernanda Santos foi feita pouco depois de nove jovens terem sido questionados. Ela explica o que acontecerá com o grupo.

“Eles não serão apreendidos, não serão levados à estação de polícia porque não foi encontrado nada de ilegal com eles. São recolhidos seus dados pessoais e eles serão liberados para a atividade deles. Mas o problema de gangues no PoC tem sido recorrente porque têm afetado o nível de segurança e o trânsito das pessoas que querem vir e ir ao local. Então, nós estamos aumentando o número de operações e aumentando o número de policiais para poder manter segurança no PoC e a redor dele”.

FONTE e FOTO: ONU

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