PROSUB: Brasil desconsidera vazamento do ‘Scorpène’, Austrália e Índia investigam

A Marinha do Brasil disse que não está preocupada com o suposto vazamento de documentos do submarino “Scorpène” no estaleiro francês DCNS. Segundo a Força Naval, “os S-BR foram projetados atendendo a especificações estabelecidas pela Marinha do Brasil, o que indica haver diferenças entre nosso submarino e os de outros países”. O construtor naval francês confirmou o vazamento e classificou como “grave” e disse que as autoridades nacionais tinham começado uma investigação. Os contratos de defesa da DCNS envolvem bilhões de dólares com as Marinhas de Brasil, Índia, Malásia, Austrália e Chile.

“No entendimento da Marinha do Brasil, a princípio, este suposto vazamento não diz respeito aos contratos firmados com a DCNS e não vislumbra, no momento, impacto no programa de construção dos S-BR em andamento”, explicou o contra-almirante Flávio Augusto Rocha.

França e Índia investigam o vazamento

 

Mais de 22 mil páginas do documento sobre o submarino vazaram. O temor é que essas páginas contenham detalhes sobre a capacidade de combate do submarino. França e Índia também minimizaram o risco de segurança, informou a Reuters nesta quinta-feira, 25. O Ministério da Defesa da Índia disse que não viu nenhum risco de segurança de imediato e o governo francês disse que a informação nos documentos só mostrou como os submarinos vão operar e não compromete a sua segurança.

No entanto, os dois países estão investigando os detalhes do vazamento. “Não é um vazamento, é roubo”, disse uma fonte à agência de notícias Reuters. “Não encontramos qualquer negligência DCNS, mas nós identificamos alguns desonestidade por um indivíduo”.

A fonte do governo francês disse que os procedimentos de segurança serão reforçados para todos os funcionários que vão trabalhar na Austrália. “Os documentos que foram publicados foram examinados e não representam qualquer compromisso de segurança nos parâmetros vitais”, disse um comunicado do Ministério da Defesa indiano.

AUSTRÁLIA

O vazamento também ameaça a relação entre a DCNS e o governo australiano, que este ano encomendou 12 submarinos em um negócio de US$ 38 bilhões, o maior contrato de defesa ganho por uma empresa francesa. As 22.400 páginas de dados que vazaram detalham as capacidades furtivas, bem como dados magnéticos, electromagnéticos e infravermelhos do navio Scorpène classe.

Segundo o jornal australiano, o vazamento pode ter ocorrido em 2011, com os dados levados para uma empresa no Sudeste Asiático por um ex-oficial da Marinha francesa, que era naquele tempo um subcontratante DCNS. Ele disse que os dados foram passados ao redor antes de ser enviado para outra empresa na Austrália. O jornal disse que não estava claro como os dados foram compartilhados amplamente na Ásia.

FONTE: Indústria de Defesa e Segurança

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