Radar SMART-L EWC da Thales entra na fase de testes

Smart-L EWC 3

Por Nina de Lange

A fase de teste com o radar SMART-L EWC começou. A Thales, a Organização de Material de Defesa e a Administração de Material e Conservação (DMI), estão trabalhando duro para completar com sucesso esta fase. O radar SMART-L EWC (Signaal Multibeam Acquisition Radar for Targeting- Longrange Early Warning Capabilty), pode agora além de suas características atuais, detectar e rastrear mísseis balísticos.

A Thales testará o novo radar no “Near Field Test Range” da Marinha Real Holandesa, pois este é o maior espaço para medição na Holanda. “Acertamos com a DMI, porque este radar é para ser testado em ambiente fechado”, diz Corné Stoffels, engenheiro de sistemas da Thales. Devido à grande quantidade de canais da antena, o feixe luminoso emitido pelo radar é muito grande. “Se formos além da medida, há muita reflexão para trás a partir de objetos na vizinhança.”

50 vezes mais informações

Nesta fase do teste, é verificado se os módulos do transmissor e do receptor realizam as funções para os quais foram concebidos. Identificam a informação correta? Eles trabalham bem juntos? Formam os pacotes corretos? A informação é processada? “Um dos primeiros problemas encontrado durante o teste foi o espaço de armazenamento. O novo radar envia cerca de 50 vezes mais informações aos nossos computadores, e não foi possível medir tudo “, disse Andre de Haan, operador do gabinete da antena. O resultado foi que o espaço de medição tiveram de ser ajustados.

Precursor

A Holanda é um precursor no campo da tecnologia de radar. Isto é devido ao chamado “triângulo dourado”, uma colaboração entre a Defesa, Institutos de Pesquisa e a Indústria. A Thales desenvolveu o radar e as estações, a DMI tem estado estreitamente envolvida no projeto do radar. Durante os estudos iniciais o novo radar se mostrou mais pesado do que o atual SMART-L. Este é um fato importante, uma vez que o peso afeta a estabilidade da plataforma. Quanto maior for o peso, quanto mais instável fica o navio.

O radar pode ser colocado para “olhar” em uma direção travando no alvo. O intervalo é de cerca de 1.000 quilômetros.

Ele possui 1.344 módulos transmissores e receptores que são controlados individualmente. O radar pode emitir simultaneamente múltiplos feixes, fazendo com que o radar possa rastrear múltiplos alvos.

Único na tecnologia de radar

Até o final de 2017, o Comando das Fragatas de Defesa Aérea (luchtverdediging- en commandofregatten-LCF), colocará os radares em períodos de manutenção, previsto pelo programa de conservação do LCF. “Com o SMART-L EWC, a Holanda faz uma nova contribuição para a defesa da OTAN contra os mísseis balísticos”, explica o capitão da marinha, Ulrich Berrevoets, líder do projeto DMO (equivalente ao DGMM na MB). Outros países também têm radares que podem detectar e rastrear mísseis balísticos, mas este é o primeiro radar que podem fazer isso navegando no mar. “Ele é único em tecnologia de radar”, disse Berrevoets.

FONTE: Magazines.defensie.nl

FOTOS:John van Helvert

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